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POLÍTICA
Segunda - 25 de Julho de 2011 às 11:12
Por: Débora Santos

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Diretor-geral do Dnit, Luiz Antônio Pagot, pediu demissão do cargo
Diretor-geral do Dnit, Luiz Antônio Pagot, pediu demissão do cargo

A assessoria do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) confirmou nesta segunda-feira (25) que o diretor-geral do órgão, Luiz Antônio Pagot, pediu demissão do cargo.

Segundo a assessoria, Pagot foi ao Dnit na manhã desta segunda, reuniu funcionários que trabalharam com ele, agradeceu pela dedicação e anunciou que havia pedido demissão.

Apesar da confirmação do Dnit, a assessoria do ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, ainda não confirma oficialmente a demissão de Pagot.

O G1 entrou em contato por telefone com o diretor do Dnit e ainda aguarda retorno das ligações.

Mais cedo, o senador Blairo Maggi (PR-MT) já havia confirmado que o diretor do Dnit deveria pedir demissão do cargo.

Blairo é padrinho político de Pagot e conversou com o diretor na última sexta-feira (22). Segundo o senador, o diretor do Dnit está “tranquilo” e deve entregar a carta de demissão ainda nesta segunda.

“Conversei com ele na sexta. Ele está tranquilo e me disse que vai fazer o pedido de exoneração dele e entregar ainda esta segunda. Ele vai tocar a vida dele”, disse Blairo.

Pagot está de férias desde 4 de julho e vai deixar o cargo quase um mês após o surgimento de denúncias de superfaturamento no Ministério dos Transportes. Ele será o 17º integrante dos quadros dos Transportes a deixar o governo desde o começo da crise.

Os cortes atingiram principalmente servidores que atuavam nas áreas de operações, administração e análise técnica e pessoas ligadas ao PR, partido do ex-ministro Alfredo Nascimento.

A reportagem de "Veja" relatou que representantes do PR, partido ao qual pertencem o ex-ministro Alfredo Nascimento e a maior parte da cúpula do ministério, funcionários da pasta e de órgãos vinculados teriam montado um esquema de superfaturamento de obras e recebimento de propina por meio de empreiteiras.

No dia 6 de julho, então ministro dos Transportes, Nascimento pediu demissão pressionado por suspeitas de que seu filho tenha enriquecido ilicitamente em razão do cargo de ministro. Ao assumir o posto, no dia 12 de julho, o novo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos afirmou que faria “ajustes” que envolveriam troca de pessoas e modificações em processos da pasta.

Principal foco das irregularidades, o Dnit sofreu seis cortes, a maioria deles em cargos de direção e coordenação. O diretor-executivo do órgão, José Henrique Sadok de Sá, que estava interinamente na direção-geral no lugar de Pagot, foi afastado da função.

Diante das demissões de pessoas ligadas ao PR, o líder do partido na Câmara, Lincoln Portela (MG), disse que está negociando a elaboração de uma nota oficial que irá verbalizar o posicionamento do partido. Para Portela, o PR não pode ser “satanizado”: “Não estou mandando indireta para ninguém. Estou mandando direta mesmo. Em momento algum o PR criticou as saídas. Agora, essa integridade tem de ser adotada com todos. Satanizar o PR está desagradando."

Pagot já admitia saída
No dia 19 de julho, o diretor do Dnit disse ao G1 enxergar a “possibilidade” de deixar o órgão. Pagot disse, no entanto, que aguardava “instruções do Planalto”.

“Estou aguardando instruções do Planalto. A possibilidade que mais me parece é de ser afastado, mas até agora ninguém falou comigo”, disse Pagot que, pela primeira vez, admitiu que pode deixar a função.

Em depoimento no Congresso dias antes, Pagot afirmou que estava de férias e que pretendia continuar no cargo. “Pretendo continuar no Dnit porque comecei a produzir uma reestruturação no Dnit”, disse Pagot na ocasião.






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