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POLÍTICA
Quarta - 20 de Abril de 2016 às 13:15
Por: G1

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O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (20) adiar o julgamento sobre a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que permanece suspenso do cargo de ministro da Casa Civil.

Na sessão, os ministros concordaram que há ainda outras duas ações sobre o mesmo assunto pendentes, sob relatoria do ministro Teori Zavascki. 

As ações que seriam julgadas nesta quarta, apresentadas por PSDB e PPS, têm como relator Gilmar Mendes, que suspendeu a nomeação de Lula em março.

O presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, disse que uma nova data para o julgamento será marcada oportunamente, sem previsão de quando.

O pedido de adiamento foi feito pelo ministro Teori Zavascki, que também é relator dos processos da Operação Lava Jato no STF.

Ele informou que o PSB recorreu numa das ações que analisa e que ainda não foi possível colher todas as posições sobre o caso.

Marco Aurélio Mello foi o único a discordar do adiamento, argumentando pela necessidade de pacificar o caso. “Há uma pendência, precisa ser afastada mediante a voz do Supremo”, afirmou.

Lula foi suspenso por Gilmar Mendes em 18 de março, um dia após sua posse na Casa Civil. Na decisão, o ministro disse ter visto intenção de Lula em fraudar as investigações sobre ele na Operação Lava Jato.

No início deste mês, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recomendou STF  a anulação da nomeação. Em parecer, ele disse ver elementos de "desvio de finalidade" da presidente Dilma Rousseff na escolha do petista para assumir o ministério, que teria a intenção de tumultuar as investigações.

A defesa do ex-presidente sustenta que ele possui todos os requisitos para assumir o cargo.

"A pretensão do PSDB e do PPS de impedir a posse do ex-presidente Lula como ministro não tem respaldo na Constituição e nas leis [...] A realidade é que o ex-presidente Lula não é réu em nenhuma ação penal e muito menos foi condenado. Ele preenche todos os requisitos para assumir o cargo para o qual foi escolhido pela presidente da República", afirmou na última segunda o advogado Cristiano Zanin Martins.





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