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POLÍTICA
Sexta - 08 de Julho de 2011 às 10:18
Por: Iara Lemos

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O senador Blairo Maggi (PR-MT) disse na tarde desta quinta-feira (7) que foi sondado pelo ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, para assumir o cargo de ministro dos Transportes no lugar de Alfredo Nascimento, que deixou a pasta nesta quarta (6), após denúncias da revista “Veja” de superfaturamento em obras. Ainda na quarta-feira à noite, Maggi esteve no Palácio do Planalto para uma conversa com Carvalho. Na tarde desta quinta, seu nome foi indicado oficialmente pelo PR para assumir a pasta.

“Foi uma sondagem para ser ministro. Entre sondagem e ser convidado é uma diferença muito grande. Mas eu participei de uma conversa com o Gilberto Carvalho, onde houve esta sondagem”, afirmou o senador ao G1.

Embora tenha sido sondado pelo governo e indicado pelo partido, Maggi afirmou que ainda precisa avaliar a situação. A resposta do senador deve ser dada na próxima semana, quando o nome será oficializado para a presidente Dilma Rousseff. Logo depois da reunião com os líderes do PR nesta tarde, o senador embarcou para o Mato Grosso, onde pretende conversar com seus sócios sobre a possibilidade de assumir o ministério.

“Claro que eu fico feliz com o reconhecimento, mas tenho de avaliar bem. Não é como o Legislativo. O Executivo é uma agenda muito corrida. Eu preciso avaliar bem”, disse o senador.

Segundo o senador, em sua conversa com Gilberto Carvalho, ele manifestou a insatisfação do partido com os afastamentos determinados pelo governo. Ainda no sábado, o Planalto determinou o afastamento de quatro servidores do ministério. Entre eles Luís Antônio Pagot, que era diretor-Geral do Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (Dnit), que foi afastado na esteira de Nascimento. Pagot foi indicado para o cargo por Maggi.

O governo anunciou a instalação de uma sindicância para apurar as supostas irregularidades. A sindicância tem 30 dias para ser concluída, mesmo período em que Pagot estará de férias do cargo. Embora afirme que sua decisão não tem relação com o futuro de Pagot, Blaggi disse que sua definição sobre aceitar ou não o ministério só sairá na próxima semana, após ex-diretor prestar esclarecimentos no Senado.

“Eu não estou colocando condição, mas reclamei da forma como foi feita a condução do processo. Conversei sobre o Gilberto Carvalho e com a Ideli [Salvatti, ministra das Relações Institucionais] sobre isso. Espero que em 30 dias, depois das férias dele, possa haver uma solução. As pessoas têm família, têm vida para tocar. Infelizmente a condução foi errada. Se a cada final de semana que sair alguma coisa, o governo sair passando o rodo, não dá”, disse o senador.

Amigo de Pagot, Maggi defendeu o ex-diretor e disse esperar que ele consiga explicar todas as supostas irregularidades no Senado. “Espero que com o que ele tenha a dizer consiga colocar a verdade dos fatos. Eu confio nele [Pagot], sim. Trabalhou comigo por vários anos, confio nele”., disse.

Nomes
Sobre uma eventual recusa de Maggi a assumir o ministério, o líder do PR na Câmara, Lincoln Portela (MG) afirmou que o partido teria pelo menos dez nomes para apresentar a presidente Dilma Rousseff. “O nome dele no governo seria um nome de grande aceitação. Numa lista seria o primeiro nome. [Mas em caso de uma negativa] Temos pelo menos dez nomes que poderiam assumir o ministério”, disse Portela.

 






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