Comissão do impeachment no senado terá Wellington Fagundes
Depois que o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu que a indicação para compor a comissão será feita pelos blocos partidários, Fagundes foi indicado pelo bloco composto pelo PR, PTB, PSC, PRB e PTC que tem direito a indicar 2 representantes na comissão.
Além de Fagundes, também foi indicado o senador Zezé Perrela (PTB) para titular e para suplentes, Eduardo Amorim (PSC) e Magno Malta (PR). Malta foi escolhido através de sorteio. Blairo Maggi também participou do sorteio, mas ficou de fora. Na Câmara Federal, o orientação do Partido da República era para que os deputados votassem contra a admissibilidade do processo de impeachment.
O presidente Renan Calheiros disse que os partidos têm até sexta-feira (22) para apresentar suas indicações à comissão de impeachment. Hoje será feita em Plenário a leitura do parecer aprovado na Câmara. A comissão é formada por 21 titulares e 21 suplentes sendo que 2 vagas terão que ser compartilhadas pelos 3 blocos menores, segundo informou Calheiros.
A distribuição das vagas pelos blocos ficou da seguinte forma: PMDB - 5; Bloco da Oposição - 4; Bloco de Apoio ao Governo - 4; Bloco Socialismo e Democracia, Moderador e Democracia Progressista - 2 vagas cada um.
Conforme as atualizações sobre a reunião divulgadas pelo site do Senado, os senadores divergiram sobre a indicação dos nomes para compor a comissão de impeachment. Oposicionistas acreditam que deveria ser feita hoje no Plenário. Aliados do governo defendem prazo de 48 horas.
Ao responder os senadores da oposição que pediam a eleição da comissão especial ainda hoje,
Renan reafirmou que vai manter o prazo de 48h para que os líderes façam as indicações.
Diante dos questionamentos da oposição, Renan anunciou que se for necessário e para dirimir as dúvidas, ele vai "pedir a antecipação da transferência da Presidência do Senado para o presidente do Supremo Tribunal Federal".
O anúncio de antecipação da transferência da Presidência, segundo Renan, é "para que essas dúvidas deixem de acontecer e para que não haja questões de ordem sendo feitas a cada momento por motivação meramente política".
Conforme afirmou Renan Calheiros, o relator da comissão especial deverá ser eleito (não escolhido pelas bancadas), assim como o presidente e o vice-presidente.