As propostas do Plano Brasil sem Miséria foram discutidas nesta segunda -feira (16), em Brasília, pelo Governo Federal e representantes dos movimentos sociais do campo, como a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e Via Campesina, entre outros. A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS),Tereza Campello, destacou que do total dos brasileiros residentes no campo, um em cada quatro se encontra em extrema pobreza, cerca de 25 % (7,6 milhões de pessoas).
“Promover a inclusão social dessas pessoas é dever do Estado mas só conseguiremos sucesso nessa tarefa se houver o envolvimento e um esforço extraordinário de todos os segmentos da sociedade”, afirmou a ministra durante o encontro realizado no Palácio do Planalto, em Brasília.
Tereza Campello citou como desafios na área rural para alcançar os objetivos do Plano, enfrentar o reduzido grau de escolaridade, de qualificação profissional e a falta de oportunidades. Para a ministra, os três eixos abordados pelo plano – garantia de renda, inclusão produtiva, acesso a serviços públicos -irão gerar o aumento das condições de bem-estar dessa população e romper o círculo vicioso da exclusão social.
Para o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, a reunião com os movimentos sociais do campo e, posteriormente, com os demais segmentos da sociedade, antes do lançamento do plano, vem demonstrar a importância do apoio e participação de todos na implantação da iniciativa.
“Do ponto de vista ético, da nossa geração que sonhou em construir um País mais justo, o Plano Brasil sem Miséria me deixa extremamente feliz”, disse Carvalho.
Alberto Broch, presidente da Contag, considerou muito séria a situação da pobreza no campo, de acordo com os dados apresentados pela ministra e comemora a oportunidade de parceria. “Louvo o governo por não ter lançado o programa sem nos ter ouvido”, enfatizou Broch.
Participaram, ainda, da reunião desta segunda-feira a secretária Extraordinária de Erradicação da Extrema Pobreza do MDS, Ana Fonseca, e representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDS) e do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
O Governo Federal construiu uma agenda de diálogo com outros setores da sociedade sobre o Plano Brasil sem Miséria, que será lançado em junho deste ano, e pretende tirar da extrema pobreza 16,2 milhões de pessoas até 2014.
