Política indigenista: Parlamentares vão se reunir com direção da Funai e ministério
O deputado federal Valtenir Pereira (PSB-MT) e o senador Pedro Taques (PDT-MT) vão se reunir nesta semana com a direção da Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Ministério da Saúde.Os encontros são para buscar um espaço adequado, a Casa de Apoio à Saúde do Índio (Casai) em Campinápolis, cidade da região do Araguaia que tem 6 mil índios.
Em abril, 35 índios da etnia Xavante do município, a maioria crianças, morreram por falta de atendimento médico e complicações de saúde, como gripe, pneumonia e diarréia em crianças, segundo uma das enfermeiras da Organização Nossa Tribo. O prefeito da cidade teve que decretar situação de emergência para ter alternativa de local para colocar os índios. Atualmente há 25 indígenas em um imóvel na cidade.
Silvano Xavante, que acompanha a mulher com filho em tratamento em um espaço provisório, diz que até no Dia do Índio houve morte de um adolescente na aldeia São Pedro, no município. Ele reclama que em muitos casos, a casa provisória “até parece presídio, porque os acompanhantes e os que estão na casa não podem sair para rua”.
“Ouvi comentário de que um plano anterior tinha recurso de um milhão no ano passado para a casa de saúde. Cadê o dinheiro?”.
O deputado federal Valtenir visitou no sábado (30) à tarde as instalações provisórias para onde foram transferidos índios no município após as mortes. Ele também reuniu-se com o prefeito para tratar de investimentos na cidade e com dirigentes partidários para organização da sigla no município.
“O hospital municipal era uma unidade improvisada e instalações velhas e inadequadas. Vamos fazer visita na Funai, falei com o senador Pedro Taques e vamos juntos desenvolver ações”.
Segundo o prefeito Altino Filho, “há surto grande de morte de índios e isso pode aumentar”. “Existe um período de início de chuva que aumenta a morte”, diz. Ele afirma que a solução definitiva tem sido protelado. “Temos projeto, terreno para área da Casai desde 2006. Decretamos situação de emergência. O grito para autoridades do governo estadual e federal é de socorro”.