Campanha deve começar em 6 de maio, um mês após tragédia no Rio. Conselho vai coordenar organização da campanha.
Governo decide antecipar campanha pelo desarmamento
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta segunda-feira (11) que o governo decidiu, em parceria com entidades da sociedade civil, antecipar para maio o lançamento da campanha do desarmamento. A previsão inicial do ministério era dar início à campanha em junho.
Por sugestão do governo, a campanha deverá começar no próximo dia 6 de maio, dia em que completará um mês da tragédia na escola de Realengo, no Rio de Janeiro, que resultou nas mortes de 12 crianças e do atirador. A campanha vai durar até o final do ano, segundo o ministro.
Um conselho, formado por integrantes do governo federal e de representantes da sociedade civil vai coordenar a implementação da campanha no país. O conselho se reunirá na próxima segunda. Nessa reunião, deverá oficializar o dia 6 de maio como data de início da campanha.
“Vamos sugerir ao conselho que a data de lançamento seja dia 6 de maio, 30 dias depois da tragédia do Rio de Janeiro. É ideia fazer um concurso para a nova logomarca do programa. Vamos trabalhar também na publicidade oficial, e vamos também dialogar com órgãos de comunicação na obtenção de mídia gratuita”, disse o ministro.
Nesta tarde, Cardozo esteve reunido com representes do Instituto Sou da Paz e da Organização Não-Governamental Viva Rio.
Após mais de três horas de reunião, eles decidiram dar início ao processo de organização da campanha.
A primeira reunião do conselho que vai coordenar a campanha do desarmamento já está marcada para a próxima segunda-feira. Além de ONGS, devem ser convidados a Ordem dos Advogados do Brasil, Conselho Nacional do Ministério Público, entre outras organizações.
“Estamos muito felizes - tristes pela tragédia -, mas felizes em poder colaborar com a campanha que vai ser melhor que a de 2004. Ninguém pode ser contra uma campanha voluntária. Estamos felizes com essa atitude e confiantes em uma campanha ainda maior. Estamos otimistas que esta tragédia não foi em vão. Ela vai nos ajudar a construir um país sem armas”, disse Antônio Rangel, representante da Vivo Rio.