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PECUÁRIA
Domingo - 10 de Abril de 2011 às 08:26
Por: Joana Dantas

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Pecuaristas estão apreensivos com operações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) nas regiões de Santa Cruz do Xingú (MT) e Novo Progresso (PA) e Boca do Acre (Amazonas).

Segundo relatos dos fazendeiros ao deputado federal Homero Pereira (PR-MT), fiscais da autarquia federal ignoram documentos, que atestam a legalidade ambiental, e apreendem gado.

Para tentar amenizar o clima tenso, o parlamentar reuniu-se com o presidente do Ibama, Curt Trennepohl, para defender pecuaristas que estão buscando cumprir as exigências ambientais.

“Tenho conhecimento de que muitos produtores estão buscando se regularizar junto ao órgão ambiental. Eles estão fazendo a parte deles nesse processo e não há razão para intimidá-los com apreensões de seus patrimônios”, argumentou o parlamentar.

O pecuarista Adolfo Gonçalves dono de área em Santa Cruz do Xingu (1.230 km distante de Cuiabá) teme perder seu rebanho para o Ibama sem nenhuma indenização. Ele foi notificado para retirar os bois do local embargado. Contudo, garante que deu entrada no Cadastro Ambiental Rural (CAR) para acertar sua situação e já apresentou o documento à unidade ambiental.

Outro proprietário rural, dono da fazenda Jatobá no município de Novo Progresso (1.639 km distante da capital paraense) divisa com Mato Grosso, Joviano Barbosa, teve 1150 cabeças apreendidas conforme informa seu advogado Valter Stavarengo.  “Meu cliente protocolou os documentos solicitados atestando as providências para sua regularização. Mas, isso não impediu que o Ibama invadisse a propriedade e confiscasse os animais”, conta.

Curt Trennepohl afirmou que o objetivo da operação é assegurar que os pecuaristas se regularizem. “Não queremos apreensão ou multa. A finalidade é fazer que os fazendeiros façam a regularização ambiental de suas propriedades. Por isso, o procedimento é notificar da ilegalidade e cobrar providências”, explicou.

Todavia, conforme o advogado Stavarengo, as ações no local não têm seguido a recomendação da sede central do Ibama. “O que tem ocorrido nos municípios onde as operações foram deflagradas é bem diferente do que falou o presidente do Ibama. Tanto que a população se revoltou e acorrentou um helicóptero em  Novo Progresso”,

Operação Disparada, deflagrada na semana passada, já apreendeu mais de 4,5 mil cabeças de gado criadas em áreas que haviam sido embargadas.





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