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EDUCAÇÃO
Sexta - 25 de Março de 2011 às 06:48
Por: Marcos Lemos A GAZETA

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Pedido da secretária Rosa Neide só não se concretizou porque o governador Silval Barbosa estava em viagem para São Paulo
Pedido da secretária Rosa Neide só não se concretizou porque o governador Silval Barbosa estava em viagem para São Paulo

Além de expor as divergências internas dentro da bancada governista na Assembleia Legislativa, a decisão de se investigar possíveis irregularidades na Secretaria de Educação (Seduc) e evitar a investigação na Secretaria de Saúde (SES), causou outro problema para o governador Silval Barbosa (PMDB). A secretária Rosa Neide, indicada pelo Partido dos Trabalhadores, aliado do governo, entregou seu pedido de demissão, que só não acabou concretizado, porque o chefe do Executivo estadual ainda se encontrava em viagem a São Paulo no dia de ontem.

Único cargo de primeiro escalão na administração estadual, o pedido de investigação na Seduc chegou a ser tratado pelo líder do governo, Romoaldo Júnior (PMDB), como uma falta de relacionamento político entre a titular, Rosa Neide, e os deputados que reclamam da falta de atenção e de respostas aos questionamentos dos parlamentares. Romoaldo, no entanto, reconheceu a capacidade gerencial da secretária, mas escorregou ao pontuar que algumas investigações teriam endereço certo, o ex-governador Blairo Maggi (PR), hoje senador da República.

Só que este mesmo entendimento não serviu para pedido de investigação idêntico, só que para a área de Saúde, que é administrada por Pedro Henry do PP, o mesmo partido do presidente da Assembleia Legislativa, José Riva.

O governador do Estado, Silval Barbosa, chegou a ligar para os deputados aliados solicitando que não tomassem medidas excessivas e que ele próprio se encarregaria de prestar todos os esclarecimentos que os deputados estaduais achassem por bem conhecer, mas não houve acerto. Tanto que a investigação da Seduc, que corretamente teria que acontecer através de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), ficou apenas num requerimento para auditagem e fiscalização dos procedimentos adotados na pasta, que é a maior de Mato Grosso e tem um orçamento previsto para este ano da ordem de R$ 1,3 bilhão, valor que possivelmente será superado até dezembro.

Silval Barbosa adotará decisões ainda nesta semana para contemporizar os problemas que tem tido junto aos deputados estaduais, em que pese ter admitido que na sua gestão não tem nada para se esconder e que as coisas seriam feitas às claras.

A decisão dos deputados de investigar a Secretaria de Educação desagradou o núcleo do PT em Mato Grosso, que não consegue reagir diante das dificuldades e da falta de representatividade eleitoral, pois só conseguiu eleger dois deputados, um federal e um estadual, ambos da bancada governista. E assim mesmo corre o risco de perder seu representante federal, Ságuas Moraes. por causa do julgamento da Lei de Ficha Limpa pelos ministros do Supremo Tribunal Federal, que se posicionou contrário à aplicabilidade dos efeitos da legislação desde 2010, ano em que aconteceram as últimas eleições.

O governador determinou que todas as informações solicitadas pelos deputados estaduais sejam encaminhadas o quanto antes para averiguação e publicação das mesma.





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