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POLÍTICA
Domingo - 06 de Março de 2011 às 10:12
Por: Sonia Fiori A GAZETA

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Senador Pedro Taques, PDT.
Senador Pedro Taques, PDT.

A Reforma Política em trâmite no Congresso Nacional traz pontos polêmicos que poderão amarrar a celeridade dos trabalhos. É o caso do voto majoritário defendido pelo vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP ) - que aponta a incompatibilidade do voto proporcional com o "preceito que emana do povo". Diante da proposta, a bancada mato-grossense, os senadores Jayme Campos (DEM), Blairo Maggi (PR) e Pedro Taques (PDT), ainda não entrou em consenso. Maggi é o único entre os parlamentares do Estado no Senado a afinar o discurso com Temer.

O republicano comunga da tese do peemedebista por entender que a mudança possibilitará a garantia da representatividade com base no desejo fiel do eleitor. "Concordo com o voto majoritário. Essa já era minha tese até antes porque o eleitor vota na pessoa e depois acaba tendo um representante, com o atual sistema, que ele (votante) não elegeu, ou seja, é um outro político", ponderou. Ele também chamou a atenção para distorções no sistema vigente que precisam ser corrigidas, através da reforma. O financiamento público de campanha é um dos itens mais debatidos, além do voto distrital.

O senador Jayme Campos analisa o tema com extrema cautela. Disse que ainda não possui uma interpretação fechada sobre a questão e lembrou que o assunto precisa passar por novos debates no Congresso Nacional. Ele reiterou ainda que a bancada do DEM no Congresso Nacional irá analisar a proposta do voto majoritário e assegurou que irá acompanhar a posição do partido referente ao tema. "É uma tese que precisa ser refletida. Vou sentar com o partido para discutir", explicou.

Para Taques, o atual modelo comporta o sistema majoritário e o proporcional. "Acredito que o sistema majoritário deve permanecer. Mas, agora, na discussão sobre a reforma política, iremos pontuar a questão da reeleição para presidente, a extinção do suplente de senador, a fidelidade partidária e o financiamento público de campanha", disse. Ele acrescentou a necessidade de que nova análise dobre o sistema proporcional.

"O que precisamos reavaliar é o atual sistema proporcional de eleição de deputados federais e estaduais e de vereadores. Vejo distorções neste sistema que possibilita a eleição de candidatos desconhecidos pelo eleitor. Hoje é comum ver partidos políticos lançarem os chamados "puxadores de votos", que obtêm expressiva votação e permitem eleger com eles outros que receberam poucos votos", enfatizou.





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