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Apesar dos animais estarem indo para o abate mais cedo, a oferta de boi gordo em Mato Grosso só terá equilíbrio na Copa do Mundo em 2014
Oferta de boi gordo vai continuar restrita até 2013
A Acrimat – Associação dos Criadores de Mato Grosso – divulgou em julho de 2010, que em 2011 o Estado de Mato Grosso teria um estoque de 3.985.632 de animais machos acima de 24 meses para o abate. A Acrimat acertou em sua previsão com uma diferença de 0,9% para os números reais, segundo levantamento feito pelo Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária). Sendo assim, o ano começa com um estoque de machos disponíveis para o abate de 3.950.585, menos 231 mil cabeças, se comparada ao estoque registrado em 2010. Para 2012 a previsão é que o estoque de boi gordo suba para 4.053.494 e em 2013 a projeção é de 4.540.762.
Essa queda de oferta de boi gordo no Estado que detém o maior rebanho bovino do Brasil, com 28,7 milhões de cabeças, é reflexo do abate excessivo de fêmeas no período de 2006 a 2008. “Esses números demonstram que a oferta de boi pronto para o abate este ano será mais restrita que a do ano passado. Não podemos dizer que vai faltar boi, pois depende da demanda do mercado interno e externo, mas temos que ressaltar que temos 5,5% a menos de animais disponíveis para abate este ano. Caso continue no mesmo patamar, o número de boi gordo será bem justo nos próximos anos, voltando a um equilíbrio possivelmente em 2014”, analisou o presidente da Acrimat, José João Bernardes.
Essa pressão do mercado esta fazendo o setor pecuário mudar. “Essa mudança está ligada principalmente ao aumento na eficiência de produção. O produtor esta investindo mais em tecnologia, no melhoramento genético, na alimentação do rebanho”, ressaltou Mauricio Campiolo, diretor da Acrimat. Essa análise é comprovada no comparativo dos dados de abates de machos entre 2009 e 2010. Em 2009 o número de animais até 24 meses abatidos foi de 67,5 mil, no ano seguinte foi registrado um aumento de 76,2%, saltando para 119 mil cabeças; na faixa etária de 24 a 36 meses a variação foi de 17,5%, saindo de 1,4 milhões para 1,7 de animais abatidos; e os animais acima de 36 meses, foi registrada uma redução de 13%, baixando de 1,1 milhões de cabeças para 975 mil.
Diante desses números a expectativa é que o preço da arroba do boi se mantenha nos patamares de 2010, já que a escala nos frigoríficos deve continuar curta. “Mas é bom que fique claro que essa restrição não esta acontecendo por causa do pecuarista, que não tem nenhum interesse em segurar o boi no pasto para forçar alto de preços, pois economicamente não é vantagem”, explica Luciano Vacari, superintendente da Acrimat. Para ele, o produtor vem fazendo sua parte quando investe pesado para aumentar a produtividade, “mesmo sem contar com nenhum aporte por parte do governo, já que não existe uma política de financiamento que atenda o setor”.
Quanto ao consumidor final, a previsão é que o preço da carne terá pouca margem para baixar, por outro lado, o varejo não tem motivo para aumentar os preços, pois conta com muita gordura para queimar com os preços praticados no ano passado. Nos últimos cinco anos, enquanto o preço da arroba teve um acréscimo de 100% o varejo aumentou o preço da carne em mais de 150%. “O preço da carne não dever ter muita variação este ano por alguns fatores: a carne bovina não vai ter concorrentes, pois o preço do frango e do suíno depende do custo de produção, onde entra os grãos, principalmente o milho, que esta em alta; a oferta de gado vai continuar restrita e a demanda por alimentos é crescente, assim como o poder aquisitivo da população”, analisou Bernardes.
Essa queda de oferta de boi gordo no Estado que detém o maior rebanho bovino do Brasil, com 28,7 milhões de cabeças, é reflexo do abate excessivo de fêmeas no período de 2006 a 2008. “Esses números demonstram que a oferta de boi pronto para o abate este ano será mais restrita que a do ano passado. Não podemos dizer que vai faltar boi, pois depende da demanda do mercado interno e externo, mas temos que ressaltar que temos 5,5% a menos de animais disponíveis para abate este ano. Caso continue no mesmo patamar, o número de boi gordo será bem justo nos próximos anos, voltando a um equilíbrio possivelmente em 2014”, analisou o presidente da Acrimat, José João Bernardes.
Essa pressão do mercado esta fazendo o setor pecuário mudar. “Essa mudança está ligada principalmente ao aumento na eficiência de produção. O produtor esta investindo mais em tecnologia, no melhoramento genético, na alimentação do rebanho”, ressaltou Mauricio Campiolo, diretor da Acrimat. Essa análise é comprovada no comparativo dos dados de abates de machos entre 2009 e 2010. Em 2009 o número de animais até 24 meses abatidos foi de 67,5 mil, no ano seguinte foi registrado um aumento de 76,2%, saltando para 119 mil cabeças; na faixa etária de 24 a 36 meses a variação foi de 17,5%, saindo de 1,4 milhões para 1,7 de animais abatidos; e os animais acima de 36 meses, foi registrada uma redução de 13%, baixando de 1,1 milhões de cabeças para 975 mil.
Diante desses números a expectativa é que o preço da arroba do boi se mantenha nos patamares de 2010, já que a escala nos frigoríficos deve continuar curta. “Mas é bom que fique claro que essa restrição não esta acontecendo por causa do pecuarista, que não tem nenhum interesse em segurar o boi no pasto para forçar alto de preços, pois economicamente não é vantagem”, explica Luciano Vacari, superintendente da Acrimat. Para ele, o produtor vem fazendo sua parte quando investe pesado para aumentar a produtividade, “mesmo sem contar com nenhum aporte por parte do governo, já que não existe uma política de financiamento que atenda o setor”.
Quanto ao consumidor final, a previsão é que o preço da carne terá pouca margem para baixar, por outro lado, o varejo não tem motivo para aumentar os preços, pois conta com muita gordura para queimar com os preços praticados no ano passado. Nos últimos cinco anos, enquanto o preço da arroba teve um acréscimo de 100% o varejo aumentou o preço da carne em mais de 150%. “O preço da carne não dever ter muita variação este ano por alguns fatores: a carne bovina não vai ter concorrentes, pois o preço do frango e do suíno depende do custo de produção, onde entra os grãos, principalmente o milho, que esta em alta; a oferta de gado vai continuar restrita e a demanda por alimentos é crescente, assim como o poder aquisitivo da população”, analisou Bernardes.
Fonte:
Assessoria
URL Fonte: https://toquedealerta.com.br/noticia/21106/visualizar/