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SEGURANÇA
Sábado - 08 de Janeiro de 2011 às 11:22
Por: RAFAELLY ESCOBAR

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A sociedade ao fazer denúncias contribui significativamente com as investigações.
A sociedade ao fazer denúncias contribui significativamente com as investigações.
Em seis anos de funcionamento, o serviço 197 da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso registrou 31.766 denúncias. De 2004 a 2010 o número cresceu 306%. No ano de 2010 foram 7.056 comunicações anônimas de crimes. Os números demonstram que o serviço de emergência, instalado no Centro Integrado de Operações de Segurança Publica (CIOSP), vem sendo bastante utilizado pela população para denúncias de crimes.

Para a chefe de operações da Polícia Civil, no Ciosp, Daise Beckmann Morel Luck, o trabalho do 197 em parceria com a sociedade tem obtido resultados positivos. “Esse é um produto muito importante da polícia, de grande significância dentro da Segurança Pública, que tem tido participação ativa da sociedade”, frisa Daise.

A chefe de operações, explica que neste ano o serviço 197 vai ampliar o atendimento à população. “Além de um policial, o setor contará com mais um profissional terceirizado, que passou por um processo de triagem e treinamento para garantir o bom atendimento ao usuário, primando pela ética profissional no sigilo das informações”, disse.

As maiores denúncias recebidas pelos operadores no ano de 2010 foram de tráfico de drogas, com 2.913 casos, e de uso de entorpecentes que registrou 1.322. Outros crimes como roubo/furto (688), estelionato (107), homicídio (303), porte ilegal de armas (254) também tiveram contribuição da sociedade. Em 2010, o disque-denúncia também recebeu mais de 188 denúncias de prostituição e 561 relacionadas a outros crimes, como fuga de presídio e falsificação de documentos.

O empenho da população em ajudar a combater os crimes de homicídios, através do disque-denúncia, já ajudou a Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) a identificar vários autores e levá-los à prisão. Um exemplo foi o caso de um presidiário beneficiado pelo mutirão carcerário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que praticou assassinato dois dias depois de deixar a prisão. Edivaldo Pereira da Silva, 27, conhecido como “Nica” ou “Neguinho do PCC” foi preso no dia 11 de dezembro de 2010, após uma denúncia no 197. A vítima também era presidiário e conseguiu a liberdade através do mutirão no mesmo mês.

De acordo com a delegada adjunta da DHPP, Sílvia Maria Pauluzi, a sociedade ao fazer denúncias contribui significativamente paras as investigações. “As denúncias através do 197 tem ajudado bastante a polícia. Quanto estamos no local de crime, sempre pedimos para população que façam denúncias e quando chegam são averiguadas em seguida”, disse a delegada.

Outra unidade policial que considera importante a contribuição da sociedade no combate a criminalidade é a Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos Automotores (DERRFVA). Para o delegado adjunto, Diogo Santana Souza, a confiança no trabalho da polícia é um dos fatores do aumento do número de denúncias. “Por ser um serviço sigiloso, onde a pessoa não precisa se identificar, as pessoas se sentem seguras em ajudar. Com as informações recebidas fazemos apreensões e prisões em flagrante. Isso fortalece a confiança e a credibilidade da população na polícia”, ressalta o delegado Diogo.

Com apoio em denúncias, a equipe da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos Automotores (DERRFVA) recentemente recuperou um veículo Golf preto roubado no dia 02 de dezembro e prendeu três envolvidos no roubo. O carro foi encontrado no estacionamento de um supermercado da Ponte Nova, em poder do ex-presidiário Ubiratan de Souza Lopes. A localização do veículo acarretou na prisão do também ex-presidiário, Jeferson Gomes Galvão, o “Jefinho”, e de Eudes Monteiro da Silva, ambos ligados a roubos de veículos e outros crimes. Jeferson Galvão é considerado de alta periculosidade e investigado em várias ‘saidinhas de banco’.

Procedimento

O registro de uma denúncia pode levar até 30 minutos, dependendo da natureza do crime. “Por serem informações minuciosas. Os detalhes são importantes para as investigações da delegacia”, informa Daise Beckmann.

Quando há urgência, a denúncia é repassada via telefone ao delegado responsável pela apuração do delito. Além disso, um relatório é lançado no sistema, acerca da procedência da denúncia, das providências realizadas e dos resultados obtidos. Todas as informações são disponibilizadas para os policiais cadastrados no sistema e servem de base para elaboração de estatística e relatórios.

O disque-denúncia funciona 24 horas. A ligação é gratuita, tem sigilo absoluto nas chamadas e podem ser efetuadas de qualquer telefone, seja ele fixo, móvel ou público. O cidadão não precisa se identificar, além de recebe um número de protocolo, com o qual pode consultar o andamento das investigações, ou mesmo complementar a denúncia. O policial operador absorve as informações sobre os dados do local da ocorrência ou da pessoa denunciada e encaminha à unidade policial mais próxima do fato denunciado ou para a delegacia especializada no crime.

A Polícia Civil dispõe de dois números de telefone para a população entrar em contato e fazer as denúncias, o 197 para as cidades de Cuiabá, Várzea Grande e região metropolitana e o (65) 3613-6997, disponível para o interior do Estado, ou ainda pelos e-mails ciosp197@seguranca.mt.gov.br ou denunciapc197@policiacivil.mt.gov.br.

Consulta

Os policiais civis lotados no Centro Integrado de Operações de Segurança Publica (CIOSP) também realizam consultas via rádio de veículos, arma de fogo, identificação criminal e civil, mandado de prisão e checagem de habilitação. O assessoramento é prestado pelos atendentes aos policiais que estão na rua. “Os mesmos despachadores que atendem as ocorrências são os mesmos que faz checagem”, explica Daise Beckmann.




Fonte: PJC-MT

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