Justiça Eleitoral já começou a preparar as eleiçoes 2012
A Justiça Eleitoral já começou a preparar as eleições municipais de 2012, antes mesmo da diplomação dos candidatos eleitos em outubro último. Para mostrar como é esse trabalho contínuo e ininterrupto, a equipe da Revista da Escola Judiciária Eleitoral (EJE) entrevistou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Ricardo Lewandowski, e servidores de diversas áreas.
“A máquina do Tribunal Superior Eleitoral e da Justiça Eleitoral a cada eleição se aperfeiçoa. É uma máquina muito azeitada, muito preparada. Nós temos juízes e servidores extremamente dedicados e aptos a prestar esses serviços”, afirma o presidente do TSE.
A Justiça Eleitoral não para: dois meses após o segundo turno, tempo destinado à avaliação do pleito, começa a fase de planejamento das próximas eleições. A ideia é que, a cada eleição, tenhamos processos mais eficientes.
Ao contrário do que muitos pensam, quando as eleições no Brasil terminam, os servidores da Corte e dos tribunais regionais eleitorais (TREs) não param. Em busca do aperfeiçoamento, eles fazem a avaliação dos erros e acertos do pleito anterior e traçam o plano para as próximas eleições, definindo desde já o que precisa ser feito no ano não eleitoral.
A diretora-geral do Tribunal Superior Eleitoral, Patrícia Landi, explica que os dois meses que sucedem o pleito eleitoral são reservados a um trabalho de avaliação do processo das eleições. Segundo ela, todas as áreas voltam seus esforços para avaliar os aspectos negativos e positivos e essa análise servirá de subsídio para um projeto das próximas eleições. “O que deu certo, nós vamos repetir; o que deu errado, temos de corrigir. Vamos agora para a fase do planejamento, da estruturação dos processos de trabalho, para que tenhamos uma eleição 2012 ainda mais eficiente que a de 2010. Temos de buscar constantemente a perfeição e, para isso, temos de planejar e executar sempre no ano que antecede as eleições”, ressalta.
Patrícia Landi lembra que, mesmo em ano não eleitoral, não cessam as demandas de todas as secretarias e coordenadorias do TSE. Entram em execução vários projetos dirigidos aos eleitores – como o recadastramento eleitoral e o cadastramento biométrico – e aos servidores, que recebem treinamento e capacitação. Isso porque é praticamente impossível realizá-los nas proximidades das eleições. “Em ano eleitoral, todos os servidores estão voltados para plantões, para as atividades-fim, para realizar a eleição”, ressalta a diretora-geral.
Também não param as atividades do Plenário do TSE e de setores como a Corregedoria-Geral Eleitoral (CGE), as secretarias Judiciária (SJD) e de Tecnologia da Informação (STI) e a Assessoria de Imprensa e Comunicação Social (Asics). Isso porque os ministros continuam julgando os processos que tramitam na Corte eleitoral e, para tanto, há sessões plenárias normalmente, acompanhadas de perto pelos jornalistas. Sem falar nas eleições suplementares realizadas em municípios brasileiros durante todo o ano. Para se ter uma ideia, de 2008 a 2010, foram realizados mais de 100 pleitos suplementares, o que não teria ocorrido não fosse o empenho dos TREs com o apoio do TSE.
“Nada magoa mais o servidor da Justiça Eleitoral do que ouvir falar que ele só trabalha de dois em dois anos. Primeiro, porque ele se sente desvalorizado diante daquilo que é a instituição para a qual trabalha. Segundo, porque o servidor da Justiça Eleitoral tem extremo amor pelo que faz. Ele se dedica, cria e quer saber sempre o que tem de mais inovador para realizar uma eleição melhor no futuro”, completa Patrícia Landi.