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SEGURANÇA
Segunda - 29 de Novembro de 2010 às 13:36
Por: LUCIENE OLIVEIRA

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Assessoria/PJC-MT
Celular acoplado no pé de candidata
Celular acoplado no pé de candidata
Sete pessoas acusadas de fraude ao vestibular da Universidade de Cuiabá (UNIC) foram presas pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Judiciária Civil, neste fim de semana. Vinte e dois candidatos que realizavam a prova do vestibular para medicina, também foram detidos e prestaram depoimento aos delegados Ana Cristina Feldner e Luciano Inácio da Silva. Eles foram desclassificados pela Universidade.

O flagrante ocorreu no sábado (27.11), depois que policiais disfarçados de fiscais comprovaram a fraude feita por intermédio de celulares acoplados nos sapatos e pés dos candidatos. No domingo (28.11),  vários vestibulandos que compraram as respostas das questões também foram conduzidos à Delegacia.

As denúncias de uma possível fraude chegaram à polícia desde o último vestibular da UNIC, no começo do ano. O chefe do grupo, Fortunato Simões Franco, 19 anos, identificado como o “piloto”, foi preso no bairro Jardim Paulista, onde repassava as respostas por meio de toques nos celulares dos candidatos. O esquema era simples: um toque vibratório, resposta A, duas vibrações, resposta B, três C, quatro D e cinco E. "Esperamos eles fazerem a prova e daí foram abordados pelos fiscais, que na verdade eram policiais disfarçados", disse a delegada Ana Cristina Feldner.

Na casa da namorada de Fortunato, que também realizava o vestibular, os policiais apreenderam R$ 46 mil (R$ 23,5 em dinheiro e dois cheques, um de R$ 15 mil e outro de R$ 7,5, tudo dentro de uma mala). Outros R$ 5 mil foram encontrados dentro da cueca de Fortunato, totalizando R$ 51 mil provenientes do pagamento da compra das informações.

De acordo com a delegada, Ana Cristina Feldner, o jovem primeiro realizou a prova e depois junto com os demais envolvidos repassavam as respostas pelos celulares aos vestibulandos em sala de aula, que marcavam no gabarito. Conforme Feldner o grupo não esperava que fossem três provas diferentes, o que teria dificultado o trabalho. “A fraude não teve a conivência da faculdade. O que eles estavam oferecendo era o gabarito e não a vaga”, disse. "Infelizmente é imoral, anti-ético, mas não crime, por isso os candidatos foram ouvidos e liberados", complementa.

O pagamento era feito parcelado ou  à vista. “Teve gente que pagou parcelado de 10 mil e teve gente que pagou até 20 mil à vista”, destaca Feldner.

Foram presos: Fortunato Simões Franco, 19, Agripos Lucas Matheus dos Santos, 20, Helcoles Kleiton Torremocha, 18, Juan Thiago Neves Pagneussate, 22, Pedro Simões Franco Nunes, 21, Paulo Césari Frizanco, 20, Nathan Lucas Moreno, 20. Todos foram indiciados por estelionato e formação de quadrilha. 





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