Policiais civis da Inteligência realizam treinamento de tiro tático sob stress
Vinte policiais da Diretoria de Inteligência finalizaram no sábado (23.10) um curso de reciclagem e aperfeiçoamento de tiro policial. O treinamento tático operacional foi ministrado por policiais da Gerência de Operações Especiais (GOE), da Diretoria de Atividades Especiais da Polícia Judiciária Civil. O curso teve duração de três dias e a participação de policiais do administrativo.
O delegado responsável pelo GOE, Wladimir Fransosi, explicou que o treinamento objetiva fazer o policial relembrar técnicas de tiro policial, abordagem e combate em ambiente fechado. “As técnicas são sempre aperfeiçoadas e a atualização é necessária para o desempenho das funções de proteção à sociedade e proteção pessoal”, disse.
A ideia do treinamento partiu do investigador da Diretoria de Inteligência, A.S.N. - por questões de segurança os policiais da Inteligência terão os nomes resguardados – uma vez que os policiais atuam num setor estratégico e que quando vão para rua, precisam estar pronto para saber lidar com eventuais surpresas. “Temos que estar sempre preparados porque nos policiais estamos sempre a mercê de surpresas indesejadas”, afirma.
O treinamento simulou situações reais de ocorrências em que é necessária a utilização da arma de fogo. O nível de stress que a simulação alcança é muito próximo do real, pois exige do policial o máximo de atenção, já que a tensão do momento é intensificada pelo barulho do ambiente externo e o eminente risco da ocorrência. “A gente treina do jeito que opera, com uma dose de stress, pois é preciso ter o controle psicológico, físico e emocional no atendimento de uma ocorrência”, ressalta o chefe de operações do Goe, Joelson da Costa Almeida.
O investigador salienta que numa situação real o policial precisa ter conhecimento do uso progressivo da força, habilidades tática, técnico-operacional. “Numa situação real você trabalha sob estresse e se o policial estiver treinado saberá o que fazer. A sociedade espera que policial tenha controle emocional”, complementa.
Com 26 anos de polícia, o investigador mais antigo do serviço de inteligência da Polícia Civil, D.A.S, disse que toda capacitação policial é imprescindível, principalmente as relacionadas ao operacional, onde a arma é o principal instrumento de trabalho. “Aqui se faz uma demonstração do que o policial vive na realidade. A gente apreende a trabalhar sob stress porque o policial nunca trabalha numa situação normal”, analisou.
Para o investigador R.M, pouco mais de três anos de carreira, o policial que atua na Inteligência trabalha sob disfarce e também precisa estar preparado para qualquer situação.
A capacitação ocorreu no Centro de Treinamento do GOE, espaço que conta com área para exercícios com obstáculos, simulado de operações de resgate e estande de tiro.