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JUSTIÇA
Sexta - 15 de Outubro de 2010 às 12:47

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Relatórios técnicos de órgãos estaduais que apontam diversas irregularidades no Hospital Municipal de Santo Antônio de Leverger foram encaminhados ao Ministério Público Estadual (MPE). Para apurar a veracidade dos fatos, o MPE instaurou inquérito civil na última semana. As irregulares apuradas pelos técnicos estão relacionadas à documentação e estrutura física de vários ambientes da unidade hospitalar como laboratório, farmácia, cozinha, lavanderia, sala de funcionários e internação.

De acordo com o MP, os relatórios foram produzidos pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) juntamente com o Corpo de Bombeiros e os Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS), de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea-MT), de Farmácia (CRF-MT) e de Enfermagem constataram irregularidades na unidade de saúde. Além disso, o Escritório Regional de Saúde da Baixada Cuiabana da Secretaria de Estado de Saúde (SES) também apurou irregularidades no local.

Para a promotoria de Justiça Julieta do Nascimento Souza, o inquérito visa a completa verificação dos fatos. “Vamos coletar todas as informações possíveis, tomar depoimentos, realizar perícias, auditoria e audiência pública. Sendo constatadas as irregularidades, o Ministério Público atuará na sentido de atingir a conformidade com os parâmetros estabelecidos pela Secretaria Estadual de Saúde e pelo Ministério da Saúde”, informou ela, que atua na Promotoria de Justiça de Santo Antônio de Leverger.

Entre as irregularidades encontradas destacam-se a inexistência da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar e Programa de Controle de Infecção Hospitalar; ausência de Certificado de Vistoria do Corpo de Bombeiros; inexistência de certificados de manutenção preventiva e corretiva de todos os equipamentos do hospital; rotina inadequada de estocagem de produtos; instalação elétrica exposta e situação precária de conservação das enfermarias com portas danificadas e bancadas com pias soltas.

No relatório consta ainda, que o setor da cozinha está em total desacordo com as legislações vigentes, com equipamentos sucateados, estrutura física inadequada e em situação precária de limpeza e desorganização. Além disso, nas salas de internação existem leitos sujos, oxidados e alguns com revestimento danificado. Para prestar informações sobre os fatos, o Ministério Público notificou os gestores municipais, técnicos responsáveis pela elaboração dos relatórios de inspeção e agentes de fiscalização do Crea-MT.

O inquérito tem o prazo mínimo de 30 dias para ser finalizado. A promotora lembrou que a medida tem como objetivo assegurar a legalidade e a eficiência das ações do Sistema Único de Saúde (SUS) nos municípios. “Mediante a apuração, o Ministério Público tomará as devidas providências que o caso requer”, ressaltou.






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