Polícia Civil prende dupla especializada em clonar cartões em Cuiabá
Dois homens envolvidos na clonagem de senhas e cartões foram presos em flagrante por policiais civis do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Judiciária Civil. Os acusados Uziel Moura da Silva, 33, Antonio Claúdio Vieira Lira, 36, foram autuados no Banco Sicredi, da Avenida Barão de Melgaço, no final da tarde de quinta-feira (07.10).
Os dois presos são da cidade satélite Ceilândia, do Distrito Federal, e estavam em Cuiabá hospedados em um pequeno hotel da Barão de Melgaço, há três dias. Com a dupla especializada em capturar informações de clientes de caixas eletrônicos, os policiais apreenderam um réplica de um leitor de cartão – denominado ‘boca’, também conhecido por chupa-cabra, idêntico ao instalado no caixa eletrônico – dois aparelhos de celular com câmeras acopladas a um pedaço de metal semelhante à lataria do caixa e utilizado para filmar o cliente digitando a senha, outros celulares, baterias e um notebook usado para descarregar as informações.
Para filmar as senhas, na placa acoplada ao celular foi feito um micro orifício por onde as imagens eram capturadas. Depois era só descarregar as imagens no computador e utilizar as informações para retirar dinheiro e outras transações com cartões de crédito.
O equipamento era instalado pela manhã e retirado no final do dia. Todo o processo era feito em segundos e imperceptível às pessoas. O preso Antonio Claúdio disse que eles estavam apenas capturando as informações e teria que adquirir outro equipamento denominado “régua” para gravar a numeração dos cartões e assim finalizar a clonagem.
Pelo mesmo crime Antonio Claúdio, que é natural da cidade de Independência, no Ceará, este preso no estado de Sergipe, de onde conseguiu liberdade em março de 2009. O delegado Luciano Inácio informou que os presos vão responder por tentativa de estelionato. “Induz as pessoas ao erro para depois levar vantagem financeira”, disse.
O chefe de operações do GCCO, Fernando Bezerra, disse que há semana realizavam investigações na região, em razão de haver informações de outras pessoas realizando o crime.