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MEIO AMBIENTE
Segunda - 27 de Setembro de 2010 às 16:15
Por: LIDIANA CUIABANO

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Oito pessoas fazem a escolta armada dos reeducandos, que foram escolhidos pelo critério de bom comportamento
Oito pessoas fazem a escolta armada dos reeducandos, que foram escolhidos pelo critério de bom comportamento

Trinta e nove reeducandos do Sistema Prisional de Mato Grosso estão participando do mutirão de limpeza na Baía de Chacororé, localizada no município de Barão de Melgaço (113 km ao Sul de Cuiabá).

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) disponibilizou 32 reeducandos do Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC) e sete da unidade Agrícola das Palmeiras, sendo todos do regime fechado, para ajudar no trabalho de coleta dos lixos que se acumulam na baía, numa área de aproximadamente cem hectares.

Oito pessoas fazem a escolta armada dos reeducandos, que foram escolhidos pelo critério de bom comportamento e pena cumprida. Mais quatro servidores da Secretaria Adjunta de Justiça também participam da ação, que deve encerrar no final da tarde desta segunda-feira (27.09) e reúne cerca de 200 pessoas.

A ação é coordenada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e também conta com a participação de alunos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), pescadores, técnicos da Sema, das superintendências de Fiscalização, Educação Ambiental e Biodiversidade com parceria da Bioterra, indústria de reciclagem de plásticos.

O objetivo da ação conjunta é recolher o lixo superficial que se acumula na baía, sendo mais de 90% dele proveniente de Cuiabá e Várzea Grande. A meta da Sema é que o lixo seja recolhido antes do período de chuvas, para que o aumento no volume de água não leve o lixo para o Pantanal.

A intenção é que até o final da ação integrada pelo menos seis mil quilos de lixo sejam retirados da baía. Além de colaborar com a preservação do meio ambiente, a atuação dos 39 reeducandos também é uma forma de ressocialização, trabalho que já é desenvolvido pela Sejusp dentro das unidades prisionais do Estado.

BAÍA DE CHACORORÉ

A Baía do Chacororé, localizada no pantanal mato-grossense, costuma se estender por uma área de 11 mil hectares de área alagada, em época de seca. A situação atual, no entanto, é muito diferente. Em razão da forte estiagem e da ação depredatória do homem, a baía se tornou uma área gigante de terra rachada e muito lixo em alguns pontos.

A baía, uma das três maiores do pantanal mato-grossense, este ano não ultrapassa quatro mil hectares. O complexo das baías de Siá Mariana e Chacororé no período das chuvas chega a atingir algo em torno de 45 mil hectares.

Em meio ao Pantanal, região que comporta 6% de toda a água doce do planeta, a baía enfrenta uma de suas piores secas, em grande parte, consequência da destruição de uma barragem e do fechamento de rios e corixos que alimentam de água a Baía. A barragem feita para facilitar a passagem dos barcos em uma região próxima à baía acabou se tornando um ralo gigante, que sugou boa parte da água de Chacororé.






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