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MEIO AMBIENTE
Quarta - 15 de Setembro de 2010 às 13:37
Por: THAIZA FABILL

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Marcos Vergueiro/Secom-MT
Secretário do Meio Ambiente, Alexander Torres Maia, vistoria obras de recuperação das barragens, na Baia de Chacororé
Secretário do Meio Ambiente, Alexander Torres Maia, vistoria obras de recuperação das barragens, na Baia de Chacororé

Localizada em Barão de Melgaço (113 quilômetros de Cuiabá), a Baía de Chacororé, a maior do Pantanal, enfrenta uma das maiores estiagens dos últimos anos. O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), realiza obras de reconstrução de barragens para conter o escoamento de água na baía. Em visita ao local na terça-feira (14.09), o secretário estadual de Meio Ambiente, Alexander Maia, vistoriou in loco os fechamentos de rios e corixos que alimentam de água a Baía de Chacororé.

Na ocasião, o secretário de Estado de Infraestrutura (Sinfra), Arnaldo Alves de Souza Neto, os representantes do Ministério Público, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), e da Prefeitura de Barão de Melgaço também participaram da vistoria técnica. A comitiva, primeiramente, esteve na divisa das baías de Siá Mariana e Chacororé. No local está sendo recuperada uma barreira destinada a conter o fluxo de água de Chacororé para Siá Mariana.

Em seguida, eles percorreram a estrada vicinal que liga Barão de Melgaço a região de "Estirão Cumprido" que obstruiu a vazão do rio Chacororé e de outros corixos que levavam a água do rio Cuiabá para irrigar a baía. Desta forma, a baía de Chacororé enfrenta uma seca sem precedentes, sendo que no período de estiagem a baía mantém 11 mil hectares de área alagada, mas este ano, não ultrapassa de quatro mil hectares.

Maia destacou que a estiagem prolongada somada à ação predatória do homem são responsáveis pelo impacto. Ele disse ainda que foram definidas várias ações com a finalidade de resolver o problema. “Nós temos uma série de ações a serem implantadas com a finalidade de recuperar a baía de Chacororé. A intenção é de que o projeto de reconstrução das barragens termine antes do período das chuvas. Após essa etapa, iremos discutir sobre os corixos”, declarou o secretário.

De acordo com o engenheiro e professor da UFMT, Rubem Moura, outro fator que contribui para agravar ainda mais a situação do Pantanal é a obstrução de canais denominados corixos, responsáveis pela manutenção das baías. "O corixo tem como função encher e esvaziar os recursos hídricos do Pantanal. Por isso, precisamos de um fluxo natural de água para a conservação do sistema”, explicou o engenheiro. Para tanto, serão recuperadas as três barragens localizadas nos corixos do Mato e Tarumã e, desobstruídas as bocas dos corixos que alimentam a baía.

A representante do Ministério Público Estadual (MPE), promotora Julieta do Nascimento, disse que as ações desencadeadas pelo Governo na busca de solução para a questão são positivas. “O Governo do Estado está acompanhando de perto os problemas nas baías e apresentando soluções”, afirmou a promotora.

As ações emergenciais da Sema para a recuperação das barragens, devem terminar antes do fim deste mês e até novembro, mais da metade dos corixos e córregos deve estar desobstruída.





Fonte: Secom-MT

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