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SEGURANÇA
Domingo - 29 de Agosto de 2010 às 21:11
Por: LUCIENE OLIVEIRA

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Lenine Martins/Secom-MT
Salas de operações do Ciosp, onde também está o serviço 197
Salas de operações do Ciosp, onde também está o serviço 197
Pessoas conscientes do seu papel de cidadão, inconformadas com a prática de crimes, mas que querem se preservar. Este é o perfil, da maioria dos denunciantes do serviço 197, da Polícia Judiciária Civil, no Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (CIOSP). A participação da sociedade no combate a criminalidade resultou em 3.407 comunicações no primeiro semestre de 2010.

O tráfico de drogas é sem dúvida o campeão de denúncias. Nos seis primeiros meses de 2010, o 197 recebeu 1.433 denúncias de tráfico e 638 comunicações de uso de entorpecentes. As denúncias são encaminhadas para a Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), que alimentam um banco de dados, gerenciado pelo núcleo de inteligência da DRE. A partir das denúncias a Especializada realizou um mapeamento das zonas quentes do tráfico na Capital e baseada nesse zoneamento desenvolve investigações, operações e prisões em flagrantes.

Para se ter uma ideia do poder de uma denúncia, nos últimos 20 dias, quinze pontos de venda de drogas (boca-de-fumo) foram fechados e prisões efetuadas. Um dos casos recentes foi a prisão, no dia 19 de agosto, de um casal fornecedor de drogas no bairro Pedregal, que também vendia drogas para usuários no Beco do Candieiro, centro de Cuiabá. Ainda por denúncia encaminhada a DRE, mãe e filha foram presas em um pregão onde, além de móveis usados eram comercializadas drogas.

A exploração sexual de crianças e adolescente também é um crime que sempre conta com a colaboração da população na repressão. O serviço 197 recebeu 120 denúncias de maus-tratos (4), prostituição de menores (45), sedução de menores (43).

Para a delegada Daniela Maidel, da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, do Idoso e da Criança, de Várzea Grande, as denúncias dão respaldo ao trabalho da unidade, principalmente quando a polícia solicita informações à população. “Quando a gente anuncia na televisão a resposta é muito grande”, avalia.

A delegada ressalta que as denúncias recebidas são prontamente averiguadas e quando o teor apresenta gravidade, a ação policial é imediata, especialmente os casos envolvendo crimes sexuais contra crianças, que sem a denúncia não chegariam ao conhecimento da polícia. “Muitos foram resolvidos com base nas informações, afirma Maidel.

Em Cuiabá e Várzea Grande, as maiores demandas são de crimes de tráfico de drogas (1.433), uso de entorpecentes (638), roubo e furto (328), homicídio (162), porte ilegal de arma de fogo (135), receptação (109) e fugitivo (59).

A chefe de operações da Polícia Civil, no Ciosp, Daise Bechamann Morel Luck, disse que da mesma forma que as pessoas denunciam elas também cobram retorno, porque estão indignadas com a situação. “As pessoas querem ajudar de alguma forma a Segurança e chegam a ligar quando o fato é resolvido”, afirma.

O delegado geral da Polícia Judiciária Civil, Paulo Rubens Vilela, enfatizou o poder da informação prestada pela comunidade. Para ele, o 197 é um serviço de utilidade pública disponibilizado à população, “que tem contribuído com a Segurança Pública”. O delegado, disse também que a tendência é melhorar o serviço para cada vez atender com mais rapidez o cidadão.

O disque-denúncia recebe informações de crimes e violência 24 horas, todos os dias, por meio de ligações gratuitas pelo telefone 197 para a Grande Cuiabá e (65) 3613-6997, disponível para todo o Estado de Mato Grosso. O Serviço é disponibilizado no Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) e permite a qualquer pessoa fornecer informações sobre delito e formas de violência. A ligação tem garantia absoluta de sigilo e anonimato.

No interior, o serviço 197 funciona em 90% das regiões. A ligação é direcionada para um número, na delegacia da Polícia Civil do município.






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