Abicalil é companheiro de primeira hora, afirma Dilma em Cuiabá

A boa notícia: ela disse que o tem o compromisso de investir em infraestrutura no Estado para que a produção de grãos, carne e fibras possa ser escoada. A presidenciável evidenciou em seu discurso que o Estado está em plena ascensão: “Mato Grosso é estratégico. É uma reserva significativa para o Brasil e para mundo”, numa alusão a grande produção agrícola do Estado, tido como “celeiro do mundo”.

“Vivemos um momento especial em Mato Grosso que é um Estado muito importante. Aqui se produz alimento, é um Estado abençoado pelo clima, pelo solo e pela população. Aqui é terra de trabalhadores, por isso, venho aqui reafirmar meu compromisso”, disse em meio a grande mobilização da militância que lotou o Ginásio do Colégio São Gonçalo.

A candidata petista foi mais longe: "Sabemos que uma das maiores preocupações do país e do mundo é com a segurança alimentar. Mato Grosso é um estado prioritário e vai ser estratégico, porque é uma reserva para agroindústria, insumos básicos e indústria de transformação.”

A candidata do PT lembrou que Mato Grosso garante, hoje, grande parte dos alimentos consumidos pelos brasileiros. “Quando falam que Mato Grosso tem pouca população, eu digo: não importa, porque aqui se produz para que nenhum de nós fique sem alimento”, destacou Dilma. “Há uma premissa: meio ambiente, agricultura e crescimento econômico são compatíveis. E teremos de preservar a nossa biodiversidade”, acrescentou.

Dilma reforçou o compromisso em dar continuidade às obras de a infraestrutura. "Já começamos a fazer e sabemos como terminar” disse a candidata enaltecendo que para realização das obras é necessária à parceria com o governador Silval Barbosa.

A petista desqualificou as acusações de seu adversário, o ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), que segundo ela "são ineficazes". Categórica Dilma prometeu não entrar no “jogo” de Serra e lembrou a eleição de 2002, quando o tucano num confronto direto com presidente Lula implantou “inverdades” e saiu derrotado das eleições.

“Existe aquele que fala e aquele que faz. Aquele que promete mundo e fundos, e não faz nada. Falam em dobrar a bolsa família, mas é engraçado, até pouco tempo falavam que bolsa família era esmola e que ainda o Governo estava gastando dinheiro onde não deveria” - revidou a petista.

De acordo a candidata o povo brasileiro tinha a esperança em um Governo melhor e agora tem confiança em um Plano de Governo que conseguiu, adquirir estabilidade econômica e ampliar abrangência dos programas sociais. “Lula deu um grande passo tirou 24 milhões da miséria e ainda vamos tirar 19 milhões”, lembrou.

A candidata do PT também rebateu as especulações de que esteja disposta a fazer um ajuste fiscal, caso seja eleita. Dilma disse que um país com altas taxas de crescimento como o Brasil e com boas reservas cambiais não precisa desse ajuste. “Estão falando que vai ter ajuste fiscal. Num país que cresce a 7%, com inflação sob controle e reservas de bilhões dólares, fazer ajuste fiscal por quê? Pra quem?”, perguntou a candidata, descartando o ajuste fiscal.

A candidata à Presidência da República, ao finalizar sua participação no ato político, concentrou seu discurso nos feitos feministas, além de evidenciar a importância da mulher na política, pedindo o voto para as candidatas à deputada federal e estadual lembrando da força da mulher brasileira.

A presidenciável no tocante de sua palavra, sustentou que as mulheres estão preparadas para governar o país, por serem objetivas e realistas, segundo ela, caso vença as eleições, seu governo não poderá cometer erros pelo fato de ser mulher. “Se eu errar à frente do governo, vão dizer que é porque sou mulher” - destacou.