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PECUÁRIA
Quinta - 29 de Julho de 2010 às 13:22
Por: Rosana Vargas

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A participação do produtor é muito importante nessa etapa do processo e devem ficar atentos para os prazos legais.
A participação do produtor é muito importante nessa etapa do processo e devem ficar atentos para os prazos legais.

Nesta sexta-feira, 30 de julho, é a data prevista para o Grupo Frialto, composto pelas sociedades Vale Grande Indústria e Comércio de Alimentos S.A., Agropecuária Ponto Alto LTDA. e Urupuá Indústria e Comércio de Alimentos LTDA, apresentar o Plano de Recuperação Judicial (PRJ). O Plano será entregue na 2ª Vara da Comarca do município de Sinop (MT).

“O Plano de Recuperação Judicial (PRJ), previsto na Nova Lei de Falências, permiti às empresas em dificuldades financeiras que voltem para o mercado de forma competitiva. O plano deve conter os instrumentos que identifique as causas para o surgimento do endividamento e as alternativas para sanar a crise”, explica o assessor jurídico da Associação dos Criadores de Mato Grosso – Acrimat, Armando Biancardini Candia.

“Esperamos que o Plano seja o melhor possível para o pecuarista. Vamos analisar todas as propostas e, caso seja necessário, apresentar sugestões, afinal já passamos por esse processo com o Independência, Quatro Marcos e Arantes. Temos experiência no assunto”, comentou o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari. Ele orienta os pecuaristas credores que procurem a Acrimat, “pois estamos acompanhando todo o processo e nossa assessoria jurídica está à disposição do produtor”.

A participação do produtor é muito importante nessa etapa do processo e devem ficar atentos para os prazos legais. “A partir da entrega do Plano ao juiz, os credores terão 30 dias para analisar e fazer objeções às propostas apresentadas, que deverão ser entregues por escrito e protocoladas”, explica Biancardini. Depois desse prazo, o juiz marca a Assembleia Geral de Credores – AGC – “que deve acontecer ainda este ano”. Nessa etapa, os credores têm a chance de opinar e participar na formatação do plano. Um trabalho que envolve financiadores, fornecedores, clientes e empregados.

 

A dívida

 

A dívida do Frialto é de R$ 564 milhões, sendo R$ 453 milhões com instituições financeiras, R$ 97 milhões com os pecuaristas, R$ 6 milhões trabalhista e R$ 8 milhões de frete.

A paralisação das atividades do Frialto ocorreu no dia 21 de maio e a empresa protocolou o pedido de recuperação judicial na Comarca de Sinop (MT), no dia 24 de maio. O grupo possui 8 unidades de abates em 5 Estados ( MT, MS, RO, SP, GO). Em Mato Grosso são 3 plantas, localizadas em Nova Canaã do Norte,  Matupá e Sinop , e uma planta em construção em Tabaporã.

 






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