Acusada de ser o braço direito do ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, José Rva, a ex-servidora, Maria Helena Ribeiro Ayres Caramelo, será interrogada no próximo dia 27, nos autos do processo em que é ré por desvios de dinheiro do Legislativo.
A audiência foi designada pela juíza Selma Rosane dos Santos, da 7ª Vara Criminal. Na mesma data poderão ser reinterrogados os réus Geraldo Lauro e José Geraldo Riva, se assim o requererem.
Maria Helena chegou a ser presa em 13 de outubro, quando foi deflagrada a Operação Célula Mãe, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
No entanto foi colocada em liberdade no último dia 7, por uma decisão da juíza Renata do Carmo Evaristo, que substitui Selma Rosane, no período de férias.
A revogação da prisão contou com a manifestação favorável do Ministério Público Estadual (MPE). “Instado a se manifestar, o Ministério Público registrou que os fundamentos do decreto preventivo com relação a acusada restavam superados, motivo pelo qual entende cabível a substituição da prisão por medidas cautelares”, diz um trecho da decisão.
Maria Helena foi denunciada pelo MPE sob acusação de desvio de dinheiro dos cofres públicos da Assembleia Legislativa por meio de fraude na verba de suprimento.
O rombo deu um prejuízo de R$ 1,8 milhões. De acordo com o MPE, o dinheiro desviado era usado para pagamentos pessoais do ex-deputado estadual, como combustível de sua aeronave particular, pagamento de honorários de advogados e também utilizado parte do dinheiro para pagamento de mensalinho para políticos no interior do Estado.
Ainda consta no documento, que Riva utilizava o dinheiro para distribuição de ‘mimos’, como uísque, pagamento de festas de formatura, jantares e massagistas.