Planalto anuncia diplomata Alexandre Parola como porta-voz do governo Segundo assessoria, Parola tem 'perfil adequado' para exercer função. Diplomata também ocupou posto no governo Fernando Henrique Cardoso.
A Secretaria de Comunicação Social informou nesta quarta-feira (28) que o diplomata Alexandre Guido Parola será o porta-voz do governo do presidente Michel Temer.
Diplomata de carreira, Parola já atuou como diretor de Assuntos Econômicos do Ministério das Relações Exteriores e como ministro-conselheiro da Delegação do Brasil em Genebra (Suíça), junto à Organização das Nações Unidas (ONU).
Segundo a assessoria do Palácio do Planalto, a avaliação é que Parola tem um "perfil adequado" para exercer a função uma vez que ocupou o mesmo no cargo no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Na comunicação do governo, Parola atuará ao lado do secretário de Comunicação, Márcio Freitas, e do secretário de imprensa, Douglas de Felice, responsáveis pela interlocução do Palácio do Planalto com a imprensa.
Até maio, a Secretaria de Comunicação tinha status de ministério, mas, quando Temer assumiu, ainda como presidente em exercício, o título foi retirado e a pasta passou a ser subordinada à Casa Civil.
Em algumas dessas falas, o governo teve de dar explicações públicas, o que tem gerado desconforto entre os assessores de Temer e sido alvo de críticas da oposição (relembre algumas das declarações polêmicas).
Nesta semana, por exemplo, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, sugeriu que haveria um desdobramento da Operação Lava Jato. A declaração do ministro foi dada um dia antes de a Polícia Federal prender o ex-ministro de governos petistas Antonio Palocci na 35ª fase da Lava Jato.
Segundo o colunista do G1 e da GloboNews Gerson Camarotti, a fala do ministro "pegou mal" entre os principais assessores de Temer porque, na avaliação deles, deu a impressão de que o governo monitora a Lava Jato e a utiliza politicamente.
Ainda de acordo com o Blog do Camarotti, a expectativa de Temer ao tentar unificar o discurso do governo com um porta-voz é evitar o "bate cabeça" entre ministros. O presidente tem se incomodado com opiniões emitidas por integrantes do primeiro escalão, que, muitas vezes, são diferentes das do próprio Temer.