ESCOLA PUBLICA
Secretário de Educação conhece realidade de escolas de Barão de Melgaço

Conhecer a realidade da comunidade escolar, identificar as necessidades pedagógicas e estruturais das escolas e, principalmente, vivenciar as dificuldades enfrentadas por alunos e professores. Esses são alguns dos objetivos das visitas realizadas pelo secretário de Educação, Esporte e Lazer de Mato Grosso, Marco Marrafon, às escolas estaduais ao longo desses quatro meses à frente da Seduc-MT. Dessa vez, secretário e equipe técnica estiveram em Barão de Melgaço (a 102 quilômetros de Cuiabá), para percorrer as unidades e ver de perto a rotina e os problemas de cada uma.

Foram visitadas as escolas estaduais Ciro Siqueira Gonçalves, Virgínio Nunes Ferraz Junior e Cel. Antonio Paes de Barros, que juntas atendem cerca de mil alunos dos ensinos médio e fundamental do município e região, segundo a assessora pedagógica Enilza Albuquerque de Arruda e Silva. Ela explicou que o foco da comunidade escolar é melhorar a área pedagógica mas que, no momento, a questão estrutural é o que mais preocupa profissionais e estudantes, uma vez que há a necessidade de reparos e novas construções, além da climatização das salas.

Para Enilza, que conduziu as visitas, a vinda do secretário é motivo para renovar as esperanças de que antigos problemas serão, enfim, resolvidos, principalmente porque há mais de dez anos a cidade não recebia a visita de um secretário de Educação. “Estamos com muita expectativa e uma alegria muito grande no coração pela visita do secretário, por ele ter vindo tão aberto para nos ouvir e trabalhar pelas nossas demandas. Nossas crianças são adoráveis, humildes e esforçadas, merecem essas melhorias”, disse.

O diretor da Escola Estadual Cel. Antonio Paes de Barros, a que requer mais atenção da Seduc, segundo a comunidade, destacou a importância do secretário ir nas escolas e viver a realidade de cada uma. “A minha é a que está com mais problemas e hoje vimos que o secretário está empenhado em trabalhar em prol da educação do nosso Estado. Há muitos anos não recebíamos uma visita como essa, mesmo sendo tão perto de Cuiabá. Para nós esse momento foi extremamente importante”, observou.

Professora há 33 anos e moradora de Barão de Melgaço há 46 anos, Rosemary Pinto de Arruda Gonçalves, contou que, por toda a vida, atuou pelo desenvolvimento da educação no município, mas que viu poucas ações acontecerem para que, de fato, melhorasse. No entanto, a profissional enfatizou que agora a educação passa por um processo de transformação que tende a mudar a realidade das escolas. “Eu acredito nisso e, se começa na educação e na saúde, transforma tudo. Há muito não via essa determinação e engajamento”, reforçou.

Reunião

As visitas às escolas também contaram com as presenças do controlador geral do Estado, Ciro Rodolpho Gonçalves, e do secretário de Estado de Cidades, Eduardo Chiletto. Antes de partirem para as unidades, Marrafon conduziu uma reunião com professores, coordenadores e diretores a fim de falar sobre os trabalhos em andamento na Secretaria de Educação. Agradeceu a recepção dos profissionais e assegurou que a Seduc está empenhada em atender as necessidades da comunidade escolar.

“Estou muito feliz por estar aqui, enxergando as pessoas, olhando nos olhos de vocês, visitando e conhecendo as escolas. Posso afirmar que avançaremos naquilo que for possível e no que não pudermos avançar agora conversaremos de maneira honesta para que possamos realizar. Tenho percorrido muitas escolas e, onde vou, tenho sentido essas dificuldades e confesso que fico até desesperado de ver o que aconteceu com a rede ao longo dos anos, pois são muitos eixos deteriorados. Cerca de 90% das demandas são sobre infraestrutura”, revelou o secretário.

Já Ciro Rodolpho Gonçalves acrescentou que a equipe responsável pela atual gestão de Mato Grosso tem o dever de estar perto da sociedade para se sensibilizar sobre o quanto é necessário que administração pública seja ágil e apresente resultados. “Não podemos ficar presos nos nossos gabinetes, temos que nos aproximar da população e sentir o que sente um aluno da rede pública. A vida é isso aqui, é onde tudo acontece”, ponderou o controlador geral.