Seduc debate com professores mudanças no ensino médio Profissionais se reuniram para discutir pontos da Medida Provisória 746/2016
Professores e assessores pedagógicos da rede pública estadual se reuniram no auditório da Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc-MT), na terça-feira (11.10), para um bate papo com o secretário adjunto de Políticas Educacionais, Edinaldo Gomes de Sousa, o professor Edinho, sobre a Medida Provisória (MP) 746/2016 – que reestrutura e flexibiliza o ensino médio no país.
Publicada no Diário Oficial da União no dia 23 do mês passado, a MP estabelece que, a partir do segundo semestre do 2º ano até a conclusão do 3º ano, somente as disciplinas de português, matemática e inglês sejam obrigatórias. A escolha das demais ficaria a critério dos estudantes, conforme aptidão e afinidade de cada um.
A MP também propõe que todo o ensino médio ocorra em tempo integral e permite a contratação de professores com notório saber em determinadas situações – para suprir a carência de profissionais em áreas remotas, por exemplo.
Cada unidade da federação tem autonomia para decidir pela adesão, ou não, à Medida Provisória. O professor Edinho pontuou que a MP pode trazer transformações positivas na busca por uma educação de melhor qualidade no Estado. “É necessário que as escolas se reorganizem a partir do protagonismo do próprio aluno. Essas mudanças podem fazer com que os estudantes tomem mais gosto pela aprendizagem”, observou.
Edinho, contudo, ressaltou que, antes de qualquer tomada de decisão pelo Governo do Estado de Mato Grosso, o assunto será debatido com os professores, sindicatos, assessores pedagógicos, famílias e, sobretudo, com os estudantes.
Presente no encontro, o professor Marco Antônio Soares disse que é preciso que aconteça mais reuniões para que todos possam ser ouvidos e dúvidas sejam sanadas. Disse, porém, que torce para que algumas medidas, como o ensino em tempo integral, possam se ampliar. “Quanto mais tempo os estudantes passarem na escola, melhor. É necessário, entretanto, que esse tempo não seja desperdiçado”, afirmou.
Atualmente, o ensino em tempo integral contempla seis escolas da rede pública estadual. A intenção da Seduc é de que, até o próximo ano, esse número chegue a 30.