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JUSTIÇA
Sexta - 25 de Novembro de 2016 às 07:17
Por: Redação TA c/ TRE-MT

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Foto: Alair Ribeiro/TRE-MT

O Pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) recebeu na sessão plenária de quinta-feira (24/11) os acadêmicos do curso de Direito da Universidade de Cuiabá (Unic). Na ocasião, os alunos assistiram aos julgamentos de processos, conheceram o depósito de urnas eletrônicas e o Memorial da Justiça Eleitoral. A visita guiada foi organizada pela Escola Judiciária Eleitoral.

No Plenário, após assistirem o julgamento dos recursos eleitorais, os alunos protagonizaram um debate juntamente com a Corte do Tribunal acerca do comprovante do voto e do processo eletrônico de votação.

"É um equívoco dar ao eleitor um recibo do voto. Com isso, vamos voltar à era lá atrás onde o voto era corrente. Com esse comprovante o eleitor vai ter como mostrar, se tiver interesse de vender o voto, de que ele votou no candidato que havia prometido", argumentou a presidente do TRE-MT, desembargadora Maria Helena Póvoas.

No decorrer da discussão, a juíza-membro Patrícia Ceni explicou aos estudantes como funciona o processo da Votação Paralela, que garante a segurança do processo eletrônico de votação. "A Votação Paralela é uma simulação com a possibilidade de votação em urna de lona e urna eletrônica. Nós sorteamos três urnas eletrônicas: uma da capital e duas do interior. Fizemos uma simulação de como poderia ser a eleição nesses três municípios. Quando chegamos ao final, todo o nosso trabalho é auditado pelo Tribunal Superior Eleitoral, para ter certeza plena de que até mesmo a auditoria é 100% crível. Ao final temos que pegar o voto, colocar na urna de lona, lacrar e fechar. No dia das eleições, nós abrimos no mesmo horário em que começam as eleições oficiais e encerramos no mesmo horário que finaliza as eleições. O voto lança-se ao sistema e, ao mesmo tempo se faz o voto na urna eletrônica. O que nós precisamos checar? No final, quando se encerra a votação às 17h, o voto da urna de lona tem que bater com o voto da urna eletrônica. Bateu? Ok, nós temos um sistema que é 100% confiável. Não bateu? Então, nós temos que descobrir o que é que aconteceu. Nosso sistema chega perto da perfeição. O resultado das eleições espelha com o que a população quer. Com o sistema do TRE, o que você colocar na urna, é o que vai sair como resultado. Eu posso afirmar que aqui no estado de Mato Grosso a eleição é 100% auditado e não temos falhas", disse a juíza.

Após a sessão plenária, os acadêmicos visitaram o local onde são armazenadas as urnas eletrônicas. Na oportunidade, os estudantes tiveram conhecimento de como funciona os preparatórios das urnas antes das eleições, como o processo de carga e lacre dos dispositivos.

A visita foi encerrada no Memorial da Justiça Eleitoral de Mato Grosso, na qual os alunos puderam conhecer toda a trajetória e evolução da Justiça Eleitoral.

O docente e advogado Hélio Udson Oliveira Ramos esteve acompanhando os universitários durante o percurso da visita guiada. Para ele, a visita ao Tribunal traz aos acadêmicos uma experiência essencial que colabora na construção da vida profissional.

"A visita ao TRE faz uma integração do mundo acadêmico com a prática profissional e que possibilita que os alunos possam ter uma proximidade maior de ver como se faz, porque na sala de aula é somente teoria. Trazendo para ver a sessão plenária eles podem participar e ver a realidade da prática do dia a dia e de como funciona o trabalho não só do advogado, mas dos juízes, membros do Ministério Público e até do funcionário da Justiça Eleitoral", ressaltou o professor.

Segundo os acadêmicos Isabella Nelli e Fernando Salles a visita funcionou como uma aula prática, na qual foram proporcionados novos e enriquecedores conhecimentos. "Ver como acontece os procedimentos faz com que a gente saia da teoria, passando a entender melhor. Quando a gente vê como acontece, nos dá uma interpretação mais visual e dinâmica de como ocorre o Direito Eleitoral. E ver os juízes e advogados atuando é inspirador para nós estudantes, já que eles chegaram até lá por meio dos estudos. Isso realmente nos marca não só como pessoas, mas como profissionais".





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