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POLÍTICA
Segunda - 21 de Março de 2016 às 14:25
Por: Da Redação TA c/Assessoria

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 A Assembleia Legislativa do Estado realiza nesta segunda-feira (21), no auditório Licínio Monteiro, a partir das 19 horas, audiência pública requerida pelo deputado Wilson Santos (PSDB), líder de governo na AL, para discutir a Política Migratória em Mato Grosso.

Hoje, conforme números levantados pelo gabinete do Deputado, 2,5 mil haitianos moram em Mato Grosso, com predominância em Cuiabá, mas este número vem diminuindo e o registro é que mais de cinco mil migrantes tenham passado pelo Estado desde 2012. 

O objetivo da audiência pública é repercutir as reivindicações da população haitiana, bem como as vozes dos que reclamam a elaboração e aperfeiçoamento de políticas públicas. Mato Grosso  é rota de passagem e estado hospedeiro de um grande número desses migrantes haitianos.

“Já se tornou rotina encontrarmos os migrantes trafegando pelas cidades em busca de trabalho e de garantias dos seus direitos humanos. Também é rotineiro assistirmos nos veículos de comunicação a manifestação de entidades e setores públicos difundindo e dialogando com os migrantes as dimensões dos problemas e as ações necessárias para amenizá-los”, aponta o deputado tucano.

Segundo ele, uma das entidades é o CPM – Centro de Pastoral para Migrantes, que se tornou a maior referência no atendimento aos migrantes em Mato Grosso. Especialmente aos haitianos, que constituem hoje a maior comunidade estrangeira em mobilidade no Estado.

Segundo relato do padre Jean Jacky, haitiano e coordenador do CPM, o processo de migração é bastante injusto, desde o início. Começa com a ação dos coyotes, pessoas que articulam e agenciam a partida do migrante, com um custo entre U$ 2 mil a U$ 10 mil, com a promessa de que no Brasil o migrante encontraria base suficiente para recuperar em pouco tempo o investimento.

“Mas ao chegar no Brasil, o migrante encontra uma situação muito diferente daquela oferecida pelo atravessador. Via de regra, o migrante haitiano enfrenta dificuldade com a língua. A maioria dos migrantes falam crioulo haitiano e alguns poucos falam francês ou espanhol. Este é o início de uma série de outros problemas que vão se diversificando de acordo com o processo de adaptação: passa pela legalização e documentação, qualificação, trabalho, moradia, adaptação cultural e, por fim, discriminação”, diz o deputado.





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