Sema reúne prefeitos eleitos para tratar do Pacto das Cabeceiras do Pantanal O evento serviu para que os gestores se atualizassem quanto às iniciativas desenvolvidas entre 2015 e 2016 para a manutenção dos rios que compõem o Pantanal mato-grossense
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) reuniu, nesta semana, cerca de 10 prefeitos eleitos de Mato Grosso para apresentar as ações do 'Pacto das cabeceiras do Pantanal’ e inteirá-los do objetivo do projeto. Além dos novos prefeitos, que devem assumir a administração municipal em janeiro de 2017, participaram do evento: representantes de 25 municípios que compõem o pacto, além de Organizações Não-governamentais (ONGs), consórcios e instituições públicas, totalizando 50 pessoas.
Para o superintendente de Educação Ambiental da Sema, Marcos Antônio Ferreira, é fundamental o engajamento dos novos prefeitos no pacto, pois desta maneira eles compreenderão sua relevância para a conservação ambiental das cabeceiras do pantanal e darão continuidade às ações já iniciadas pelas gestões anteriores.
“Esse foi um encontro de atualização das atividades já realizadas no projeto. Esperamos que os novos gestores municipais compreendam a relevância da iniciativa. Queremos somar esforços para alcançarmos as metas traçadas e só vamos conseguir isso com apoio das prefeituras”. A reunião ocorreu na última quarta-feira (30.12), no auditório do Parque Estadual Massairo Okamura.
O prefeito eleito do município de Barra do Bugres, Raimundo Nonato, avalia positivamente o pacto e fez questão de conferir de perto a proposta. “Estou disposto a abraçar a causa e levar a discussão da conservação da mata ciliar, em consequência da água também, para minha cidade”. Raimundo lembra que alguns dos rios mais importantes do estado estão em seu o município. “Abrigamos o Rio Paraguai, Rio Bugres, Vermelho, entre outros. Em meio à escassez, temos que lutar pela preservação desse berço de água”.
O pacto
O pacto traz a proposta de preservar as nascentes dos rios Paraguai, Sepotuba, Jauru e Cabaçal, cujas cabeceiras têm a maior área de contribuição hídrica do Pantanal, que fornecem cerca de 30% das águas que mantêm o pulso de inundação da planície pantaneira.
O projeto foi assinado em junho do ano passado entre o Governo do Estado e demais parceiros - do setor público, privado e ONGs. Com esse documento, os 25 municípios que abrangem as cabeceiras do Pantanal, na bacia hidrográfica do Alto Paraguai, assumiram 34 desafios que compreendem várias ações prioritárias para implantação até 2020.
O pacto das cabeceiras teve início em 2013 e já possuiu algumas ações concluídas ou em andamento, entre elas, a recuperação de 48 nascentes diagnosticadas como degradadas, instalação de biofossas, curso de capacitação para tratoristas e experiências de pagamentos por serviços ambientais (PSA) em Mirassol D'Oeste e Tangará da Serra.
A área de atuação do Pacto compreende os municípios: Alto Paraguai, Araputanga, Arenápolis, Barra do Bugres, Cáceres, Curvelândia, Denise, Diamantino, Figueirópolis D´Oeste, Glória D´Oeste, Indiavaí, Jauru, Lambari D'Oeste, Mirassol D'Oeste, Nortelândia, Nova Marilândia, Nova Olímpia, Porto Esperidião, Porto Estrela, Reserva do Cabaçal, Rio Branco, Santo Afonso, São José dos Quatro Marcos, Salto do Céu e Tangará da Serra.