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EDUCAÇÃO
Quinta - 15 de Dezembro de 2016 às 07:11
Por: Redação TA c/ Gcom-MT

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Foto: Gcom-MT

Cuiabá sedia o II Congresso Internacional de Formação e Desenvolvimento Profissional Docente (CIFDPD) dos dias 14 a 16 de dezembro, no Hotel Fazenda Mato Grosso. O evento reúne mais de 500 professores, gestores, técnicos e estudantes, além de especialistas nacionais e internacionais.

Durante a abertura, na manhã de quarta-feira, o coordenador do Congresso, e Superintendente de Formação Profissional da Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc-MT), Kilwangy kya Kapitango-a-Samba, destacou que a intenção é promover a discussão e o estudo de modelos, políticas e ações formativas para os profissionais na América Latina. “Temos que aproveitar essas oportunidades para articular relações de intercâmbio entre Educação Básica e Superior, no contexto nacional e internacional”.

De acordo com ele, os debates serão embasados em investigações científicas e experiências profissionais da área de formação docente (inicial e contínua). “Além disso, focamos no desenvolvimento profissional do professor e avaliação de desempenho, tanto na Educação Básica quanto no Ensino Superior”, informou.

Representando a reitora da Universidade Estadual do Estado de Mato Grosso (Unemat), Ana Maria Di Renzo, o assessor de Formação Agnaldo Rodrigues da Silva ressaltou a importância de grupos de pesquisas em instituições de educação, que funcionam e trazem resultados. “Essas iniciativas, que agregam profissionais e intelectuais, trabalham temáticas que são fundamentais para a reflexão social, educacional e diversas outras áreas do saber”.

Agnaldo destacou a relevância do Congresso para a sociedade. “Os modelos educacionais, políticas e ações formativas de outros locais, outros países, são interessantes, a partir do momento que vêm de um contexto das práticas que funcionaram, que dão certo. Assim, podemos promover reflexões na prática corrente no nosso contexto”, comentou o assessor, ressaltando que articulação entre Educação Básica e Educação Superior também faz parte das temáticas fundamentais que precisam ser discutidas.

Desafios

A professora Monica Coronado, da Universidad Nacional de Cuyo, Argentina, que proferiu a palestra “Estratégias para a ampliação e consolidação da profissão docente: formação em serviço”, garantiu que eventos como esse são muito importantes para discutir e compartilhar as perspectivas, histórias e trajetórias de formação em diferentes países. “Ajudam a ampliar a visão da formação docente”, frisou.

Para ela, o principal desafio da educação latino-americana é vencer definitivamente o analfabetismo, melhorar a qualidade da formação básica, fortalecer o trabalho docente, ante a uma sociedade que mudou muito. “Além disso, precisamos nos adaptar à nova geração de estudantes que têm outra mentalidade, outra configuração cognitiva, e oferecer-lhes aprendizagem estimulantes. Temos que trabalhar muito na mudança permanente do docente, para enfrentar essa situação, em uma sociedade onde existem muitas formas de aprendizagem”.

A professora de Física Silvana Copceski, da Escola Estadual 13 de Maio, de Tangará da Serra (a 240 km de Cuiabá), vive, nos últimos tempos, essa mudança de paradigmas. Ela contou sobre o trabalho desenvolvido com a aluna Maria Gisllany Bezerra da Silva, 18 anos, que sonha em ser astronauta. De forma voluntária, desde 2012, elas desenvolvem o projeto Novo Horizonte, no qual apresentam, com o auxílio de um telescópio amador, um novo ponto de vista sobre o universo, aos estudantes. Com isso, têm despertado o interesse nos jovens pelas aulas de matemática, química e física.

As duas viajaram recentemente para os Estados Unidos, onde conheceram a Agência Espacial Americana (Nasa), na cidade de Houston. Silvana reforça a importância da busca pela qualificação e formação continuada do professor e da preparação para ensinar o aluno do século XXI. “Nós professores não podemos mais pensar que vamos entrar em sala e dar a aula de sempre, com um livro, quadro, fazendo acompanhamento básico. Essa forma não funciona mais. Ou o professor realmente muda de atitude ou ele vai acabar desmotivado e desmotivando seus alunos”.

A professora menciona que essa mudança ocorre nas trocas de experiências, em curso, congressos, viagens, ou em qualquer outra oportunidade. “Depois de toda a transformação que ocorreu em minha vida, com as experiências que tenho passado, jamais serei aquela mesma professora que um dia fui. Estou sempre em busca de conhecimento”, finalizou.

Realização

O Congresso Internacional de Formação e Desenvolvimento Profissional Docente é uma realização do Grupo de Pesquisa: Educação, Políticas Públicas e Profissão Docente (EP3D/CNPq), Laboratório de Metodologia Científica da Unemat, Seduc-MT, por meio da Superintendência de Formação dos Profissionais da Educação Básica, em parceria com Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática da Universidade do Estado de Mato Grosso (campus Barra do Bugres) e do Grupo de Pesquisa sobre Desenvolvimento Profissional Docente Transmutare, do Departamento de Educação da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UFTPR).

Participaram ainda da abertura a secretária de Relações Internacionais, em exercício, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Edna Bispo Barbosa; o reitor do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), José Bispo Barbosa; o secretário executivo de Ciência e Tecnologia (Secitec), Elias Alves de Andrade; e o presidente do Sindicado dos trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Henrique Lopes.





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