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EDUCAÇÃO
Sábado - 24 de Dezembro de 2016 às 14:46
Por: Redação TA c/ Gcom-MT

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Foto: Mayke Toscano/Seduc-MT
As unidades que adotarão o modelo passarão por adequações na estrutura física, para instalação de laboratórios, renovação de quadras poliesportivas e refeitórios. Para a implantação do projeto, que precisou ser validado antes pelo Ministério da Educa
As unidades que adotarão o modelo passarão por adequações na estrutura física, para instalação de laboratórios, renovação de quadras poliesportivas e refeitórios. Para a implantação do projeto, que precisou ser validado antes pelo Ministério da Educa

O ensino em tempo integral será realidade em 14 escolas da rede estadual a partir do próximo ano letivo e contemplará cinco mil estudantes de seis municípios. A medida compreenderá, inicialmente, o Ensino Médio e faz parte do Pró-Escolas, programa desenvolvido pela Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer de Mato Grosso (Seduc-MT) que abrange o desenvolvimento de ações em estrutura, ensino e inovação, com foco na melhoria da aprendizagem.

As unidades que adotarão o modelo passarão por adequações na estrutura física, para instalação de laboratórios, renovação de quadras poliesportivas e refeitórios. Para a implantação do projeto, que precisou ser validado antes pelo Ministério da Educação (MEC), o Estado receberá R$ 10 milhões por ano do Governo Federal. Esse valor deverá ser investido em 11 das 14 escolas. Outras três serão mantidas com recursos da própria Seduc.

A equipe de Gestão Escolar da Secretaria responsável pela iniciativa prestará, ainda, suporte aos diretores, a fim de auxiliá-los nas primeiras ações necessárias para o início do ano letivo de 2017.

No ensino de período integral, os estudantes recebem três alimentações diárias (café da manhã, almoço e lanche) e passam a ter um acompanhamento mais próximo por parte dos professores, para reforço do conteúdo ofertado em sala de aula.

Uma das principais finalidades da implantação do modelo será a de reduzir os índices de evasão escolar. O secretário de Estado de Educação, Esporte e Lazer, Marco Marrafon, destaca que, combatendo esse problema, demais mazelas sociais também são enfrentadas.

“É preciso deixar claro que a evasão escolar mata. Na primeira via, mata-se uma biografia, ou seja, um médico, engenheiro ou qualquer outro profissional. Na segunda forma, mais dolorosa, é quando o jovem sai da escola e cai na criminalidade, tendo, provavelmente, uma vida mais curta”, observa Marrafon.

Protagonismo estudantil

Regiões do Brasil onde o modelo foi implantado apresentaram melhores resultados nos quesitos educacionais. Em Pernambuco, onde o sistema funciona em 50% das escolas, a evasão escolar foi reduzida praticamente a zero e o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) passou a ser o melhor do País.

Para estimular a aprendizagem, a grade curricular também deverá passar por algumas mudanças, tornando-se mais voltada às vocações de cada estudante. O aluno poderá escolher se aprofundar nas áreas do conhecimento que mais lhe despertem o interesse. Além disso, é previsto o desenvolvimento de uma série de atividades culturais, educacionais e de incentivo a práticas esportivas.

“Há um anseio entre os estudantes por um novo modelo pedagógico, para um ensino mais voltado à realidade que favoreça o protagonismo estudantil. Temos percebido isso e, com toda a força, tentado atender essas demandas. É necessário atualizar a comunicação com os estudantes, para que as escolas se tornem ambientes mais agradáveis à aprendizagem e que possam trazer melhores resultados”, pontua o secretário.

Na Escola Estadual José de Mesquita, em Cuiabá, o modelo de ensino começou a funcionar neste ano para o Ensino Médio, como um projeto piloto. Estudante regular da unidade desde 2014, o adolescente Lucas Amorim, de 16 anos, que também é o presidente do grêmio estudantil, disse ter notado uma diferença significativa na vivência escolar após a implantação do período integral.

Segundo ele, os alunos passaram a se envolver mais com a escola e a demonstrar um interesse maior em cuidar do ambiente. “Isso refletiu em melhoria no desempenho como um todo, pois após as aulas podemos ficar um pouco mais e tirar dúvidas com os professores, o que não acontecia antes”, conta.

Estudo criterioso

As 14 escolas estaduais que vão receber o ensino em tempo integral foram escolhidas após um criterioso trabalho de seleção feito por técnicos da Seduc, que realizaram vistorias para análise das estruturas e, sobretudo, estabelecer diálogos com a comunidade escolar, entre alunos, professores e diretores.

Para 2017, a Seduc pretende estender o modelo também ao Ensino Fundamental. A intenção é levar a medida para 45 unidades do Estado até 2018.

A rede estadual de Educação é formada por 400 mil alunos, 759 escolas e 23,7 mil professores.

Confira quais as escolas contempladas:

Escola Estadual Rafael Rueda - Cuiabá

Escola Estadual José de Mesquita - Cuiabá

Escola Estadual Cleinia Rosalina - Cuiabá

Escola Estadual Padre João Panarotto - Cuiabá

Escola Estadual Antônio Epaminondas - Cuiabá

Escola Estadual Nilo Póvoas - Cuiabá

Escola Estadual Honório Rodrigues de Amorim - Várzea Grande

Escola Estadual João Sato - Araputanga

Escola Estadual Adolfo Augusto de Moraes - Rondonópolis

Escola Estadual Pindorama - Rondonópolis

Escola Estadual André Antônio Maggi - Rondonópolis

Escola Estadual Silvestre Gomes Jardim - Rondonópolis

Escola Estadual Nossa Senhora da Guia - Barra do Garças

Escola Estadual Mário Spinelli - Sorriso






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