Bebedouro com 181 celulares é deixado em penitenciária de Cuiabá Celulares foram plastificados entre uma espuma e a parede do bebedouro. Motorista de caminhão deixou o bebedouro na penitenciária e foi embora.
Um bebedouro de metal 'recheado' com 181 celulares foi apreendido na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, nesta terça-feira (3). De acordo com a direção da unidade prisional, o reservatório foi deixado por um motorista de um caminhão. Os agentes penitenciários já monitoravam a entrega e fizeram a apreensão.
Os celulares foram plastificados e acomodados entre uma espuma e a própria estrutura do bebedouro. Segundo o diretor da PCE, Roberval Ferreira Barros, o setor de inteligência da penitenciária soube que o equipamento seria entregue no local e estaria com uma carga de celulares que seria levada para os presos.
O motorista do caminhão deixou o bebedouro, inclusive com nota fiscal de uma empresa especializada, e foi embora. Inicialmente a carga não teria informações de destinatário. Os agentes perceberam que o bebedouro apresentava sinais de adulteração na estrutura e decidiram abri-lo.
Em um vídeo, divulgado pelos agentes penitenciários, é possível ver a abertura do bebedouro Usando ferramentas, os agentes retiram a espuma e encontram diversos celulares acoplados ao redor do bebedouro. Também foram encontrados carregadores e fones de ouvido.
A direção da PCE abriu um procedimento administrativo disciplinar para apurar a entrega desses celulares. Os agentes vão tentar identificar os presos envolvidos, inclusive se fazem parte de alguma organização criminosa dentro da PCE. O caso será investigado pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).
Um servidor da PCE foi encaminhado para prestar esclarecimentos, porém, acabou liberado pela polícia. Os agentes suspeitam que os aparelhos celulares sejam roubados. Alguns dos celulares aparentavam ser usados e tinham dados de pessoas.
Os 181 celulares e o bebedouro foram levados para a sede da GCCO, em Cuiabá. Segundo a Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejduh), a unidade tem 900 vagas e acomoda 2.120 presos, atualmente.