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POLÍTICA
Segunda - 30 de Janeiro de 2017 às 09:52
Por: Redação TA c/ O ESTADÃO

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Foto: André Dusek/Estadão
Rodrigo Maia (DEM-RJ) é favorito para a presidência da Câmara
Rodrigo Maia (DEM-RJ) é favorito para a presidência da Câmara

A preferência do Palácio do Planalto pela reeleição do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), provocou mal-estar no grupo ligado ao deputado Jovair Arantes (PTB-GO), que também está na disputa. Aliados do líder do PTB não descartam que a vitória de Maia possa causar um racha na base aliada e trazer problemas para o presidente Michel Temer.

A estratégia do atual presidente da Casa para pavimentar a sua recondução ao cargo contou com o apoio do Planalto e teve como um dos pilares fechar alianças com partidos que faziam parte do chamado Centrão, grupo de 13 partidos que ganhou força durante a presidência do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Nas últimas semanas, cinco partidos do grupo – PSD, PP, PR, PRB e PSL – declararam que vão apoiar a reeleição de Maia. Sem o aval da sua legenda, o deputado Rogério Rosso (PSD-DF) decidiu suspender a sua candidatura na semana passada.


Diante da debandada dos partidos do Centrão, Jovair pediu uma reunião com Temer para reclamar da atuação de ministros a favor de Maia. No encontro, disse ao presidente que não estava “satisfeito” com o tratamento que estava recebendo do Planalto.

Aliados de Jovair também disseram a Temer que ele deveria pensar “lá na frente”, no “day after” da eleição, quando o governo iria precisar do apoio de todos os integrantes da base para aprovar medidas importantes na Câmara, como a reforma da Previdência.

O presidente do PTB, Roberto Jefferson, que ficou conhecido como delator do esquema do mensalão no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também se queixou da situação ao Estado. “Você perder uma eleição disputando com justiça, tudo bem. Você perder uma eleição quando o governo opera contra você, aí complica, aí te fere, aí te magoa”, afirmou.

Apesar dos recados do grupo de Jovair, assessores palacianos descartam a possibilidade de haver uma racha na base. Pelas contas do governo, o líder do PTB não terá mais que 100 votos na disputa, e tanto o PTB quanto as outras legendas que o apoiaram poderão ser “recompensadas” de outras maneiras.

Há ainda quem acredite que, diante da derrota iminente, Jovair reavalie o cenário e abra mão da disputa. O deputado goiano, porém, afirma que irá manter a sua candidatura até o fim. A eleição está marcada para a próxima quinta-feira, 2.





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