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POLÍTICA
Terça - 31 de Janeiro de 2017 às 17:05
Por: Redação TA c/ O ESTADÃO

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Foto: Wilton Júnior/Estadão

Senadores e deputados do PT favoráveis à composição com candidatos governistas às presidências da Câmara e do Senado reclamam que os colegas Lindbergh Farias (RJ) e Gleisi Hoffman (PR) estão “incitando” os militantes contra eles. A queixa foi feita nesta segunda-feira, diante da dupla, durante reunião de planejamento estratégico da bancada do PT no Senado, em Brasília, na sede do partido.

“O que está ocorrendo é um levante da militância. E não é só do nosso grupo, não. É da corrente que vocês fazem parte”, reagiu Lindbergh, numa referência à tendência Construindo um Novo Brasil (CNB), majoritária na legenda. “A política é feita de simbolismos. Não podemos apoiar quem apoiou o golpe”, endossou Gleisi.

A eleição no Congresso dividiu ainda mais o PT. Diante das reações contrárias à adesão do partido a Rodrigo Maia (DEM-RJ) na Câmara e a Eunício Oliveira (PMDB-CE) no Senado, deputados e senadores petistas se acusam mutuamente. Os defensores do aval a Eunício, por exemplo, lembram que foi só após uma negociação com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que Dilma Rousseff conseguiu manter seus direitos políticos, na votação do impeachment. Renan, hoje, apoia a candidatura de Eunício à sua sucessão.

A preocupação dos petistas mais pragmáticos é com o futuro do partido, agora na oposição, se ficar sem cargos na Mesa Diretora de ambas as Casas.

A reunião na qual foi lavada a “roupa suja” contou com a presença do presidente do PT, Rui Falcão — que fez um apelo pela unidade –, e de representantes da CUT, da UNE, do MST e do MTST. Os movimentos sociais ligados ao partido fazem campanha contra Maia e Eunício, chamados de “golpistas”.

“O clima azedou”, resumiu um dos participantes do encontro, ao lembrar que, no domingo à noite, os senadores do PT já haviam trocado farpas, no apartamento de Jorge Viana (AC), ao tentar chegar a um acordo sobre a eleição no Congresso.





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