Fila de espera do Bolsa Família é zerada em janeiro Cerca de 460 mil pessoas que aguardavam para receber benefício foram incluídas no programa federal
Com a inclusão de 460 mil pessoas no Bolsa Família em janeiro, o governo federal conseguiu zerar a fila do programa. O grupo, que já era inscrito no Cadastro Único, faz parte da população pobre e extremamente pobre que aguardava para receber o benefício do governo.
“Nós conseguimos fazer um controle maior, cruzando um maior número de dados, tirando uma parcela das pessoas que não precisavam e estavam no programa para colocar as que precisavam e que não estavam no programa. É uma questão de justiça social”, destacou o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra.
Em meados de 2016, a pasta passou a contar com seis bases de dados do governo federal para cruzamento de informações, o que permitiu a realização do maior pente-fino já promovido em toda a história do Bolsa Família. A ação resultou em 469 mil benefícios cancelados e 654 mil bloqueados. Em todos os casos, foi constatado que a renda das famílias era superior à informada ao Cadastro Único para programas sociais.
O MDSA pretende fazer análises mensais nos cadastros para reduzir o tempo médio de análise das rendas declaradas pelas famílias. As melhorias na gestão do programa também permitiram a identificação e cancelamento do benefício de 1.600 vereadores, prefeitos e vice-prefeitos eleitos em 2016.
“Quando não se tem controle, se pune os que mais precisam, os mais pobres. Os que não são pobres, muitas vezes, estão recebendo um benefício que seria para quem realmente precisa. Por isso, é tão importante ampliar os mecanismos de controle do Bolsa Família”, ponderou Osmar Terra.
Programa
O Bolsa Família é voltado para famílias extremamente pobres (renda per capita mensal de até R$ 85) e pobres (renda per capita mensal entre R$ 85 e R$ 170). O programa tem hoje cerca de 13,5 milhões de famílias beneficiadas, às quais são destinados cerca de R$ 2,4 bilhões por mês.
O valor repassado a cada usuário varia conforme o número de membros da família, idade e renda declarada no Cadastro Único. Ao entrarem no programa, os beneficiários recebem o dinheiro mensalmente e, como contrapartida, cumprem compromissos nas áreas de saúde e educação.