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POLÍTICA
Sábado - 11 de Fevereiro de 2017 às 17:06
Por: Redação TA c/ O ESTADÃO

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Foto: Reprodução

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparecerá ainda neste mês em comerciais que o PT apresentará nos Estados, no rádio e na TV, dando uma espécie de “receita” para sair da crise. A mensagem é a senha da campanha que o partido vai defender com mais ênfase, depois do carnaval, pela antecipação das eleições ao Palácio do Planalto.

Pré-candidato do PT à Presidência, Lula diz, em um dos filmes, que “este governo só sabe cortar” para concluir que “o Brasil precisa de um governo eleito pelo povo para voltar a crescer e sonhar”.

Os vídeos e áudios foram gravados há duas semanas, antes da morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva, no último dia 3. Trata-se de um conjunto de quatro peças que serão veiculadas pelos diretórios estaduais do partido e também nas redes sociais.

A cúpula do PT quer lançar Lula à presidência do partido, que completa 37 anos, nesta sexta-feira, 10, sob a pior crise de sua história. Eleita pelo PT, Dilma Rousseff sofreu impeachment no ano passado, Lula virou réu em cinco ações penais – três delas no âmbito da Operação Lava Jato –, o partido tem um ex-tesoureiro (João Vaccari) e dois ex-ministros (José Dirceu e Antônio Palocci) presos e enfrenta várias denúncias de corrupção.

Até agora, Lula resiste a aceitar a tarefa de comandar o PT, mas já está em campanha pela Presidência. A nova direção do partido será eleita no 6.º Congresso da legenda, em junho.

Economia. Nos comerciais, o ex-presidente afirma que a economia está parada, menciona ações adotadas por ele para combater a inflação, a recessão e o desemprego quando assumiu pela primeira vez o Planalto, em 2003, mas insiste que “só um governo eleito pelo povo terá credibilidade” para liderar as mudanças.

“Quando assumi o governo, em 2003, existia desemprego, inflação e recessão”, diz o petista. “Decidimos investir, ampliamos o crédito para a produção e o consumo. A roda da economia girou e criamos mais de 22 milhões de empregos. É assim que o País deve enfrentar as crises.”

O atual ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, foi presidente do Banco Central nos dois mandatos de Lula, de 2003 a 2010. Embora critique o governo, Lula não cita nominalmente o presidente Michel Temer nem Meirelles em nenhuma das inserções.

Educação. Em um dos filmes, apresentados por Taynara Faria, vereadora do PT de Araraquara, o ex-presidente afirma que “agora estão cortando as verbas da educação”, numa referência à emenda constitucional, aprovada pelo Congresso, que limitou os gastos públicos por 20 anos.

Após destacar programas do seu governo, como o Prouni e o Pronatec, Lula compara o corte a “um crime contra o País” e volta ao bordão que indica a campanha por novas eleições, antes de 2018. “Para mudar, precisamos de um governo eleito pelo povo, que resgate o direito da educação para todos”.

No último vídeo, Lula argumenta que “nosso País pode, sim, voltar a crescer e a gerar empregos”, com investimento público, mais salário, renda e crédito para ativar a economia, mas volta a bater na tecla da mudança. “O Brasil precisa retomar a democracia e o crescimento”, diz ele.





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