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POLÍCIA
Quinta - 02 de Março de 2017 às 09:38
Por: Redação TA c/ PJC-MT

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Foto: Divulgação

A Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), da Polícia Judiciária Civil, encaminhará, nesta quinta-feira (02), as investigações da morte do policial militar aposentado, Carlos Venero da Silva, para a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Várzea Grande (DERF-VG), por entendimento de que o crime se trata de uma roubo seguido de morte (latrocínio).

O militar morreu depois de suposta tentativa de assalto, em uma sorveteria no bairro São Matheus, em Várzea Grande, na terça-feira, 28 de fevereiro. Ele chegou a ser socorrido, mas foi a óbito no Pronto Socorro Municipal de Várzea Grande.

No início da noite de quarta-feira (01), os quatro suspeitos conduzidos à Delegacia foram liberados, por, em tese, não serem executores do fato. "Não questionamos que os conduzidos são pessoas afetas ao mundo do crime e de completa periculosidade. Talvez, no decorrer da investigação, possa até ser que seja demonstrada a co-autoria dos mesmos na modalidade de partícipe, porém, por ora, não há convencimento de que os mesmos sejam executores do fato", destaca trecho do despacho da delegada, Ana Cristina Feldner, que atendeu a ocorrência desde o início.

Como elementos de convencimento, a delegada ressalta que as imagens colhidas de estabelecimentos vizinhos mostram dois rapazes jovens de características físicas distintas dos conduzidos. Um deles usava bermuda e não portava tornozeleira eletrônica.

Testemunhas ouvidas também não reconheceram os conduzidos, algumas relataram não terem condições de reconhecer e outras descartaram categoricamente. Ainda no relatório, apenas as esposa da vítima aponta um dos suspeitos, como parecido, mas não o reconhece de forma incontestável. Uma outra testemunha mencionada na ocorrência informou que reconheceu um dos suspeitos como sendo seu vizinho e não como executor dos fatos.

Outro ponto, que serviu de base, foi o sistema de monitoramento eletrônico das tornozeleiras eletrônicas, que informa que todos os conduzidos estavam próximo ao local do fato, na hora do crime, mas em velocidade de aproximadamente 20 quilômetros por hora e em questão de 1 minuto já se encontravam distantes do local, em trajetória contínua.

A delegada também aponta razões para o crime se tratar de latrocínio e não homicídio. "Percebe-se que o perfil dos conduzidos se assemelham de assaltantes, pois são bem jovens, estando um deles inclusive de chinelo, não aparentando ser pessoas destinadas a executar outra", diz.

A falta de não haver subtração de bens, pode ser em decorrência da reação da vítima ao puxar uma arma e usar uma camiseta da Polícia Militar. "Os suspeitos efetuaram apenas um disparo, na sequência da vítima ter reagido, tentando puxar sua arma de fogo, situação incompatível com execução".

Outro ponto mencionado é que a vítima tinha chegado em uma caminhonete e usava uma corrente grossa de ouro e uma pulseira de aproximadamente 2 cm de largura.

"Não é que houve um erro. Foi apresentado uma resposta rápida. Realmente são quatro pessoas voltadas para o crime que usam tornozeleiras. Estavam realmente próximas ao local e bem no horário. Num primeiro momento, dá-se mesmo essa suspeita. Ao longo do dia, com um pouco mais de tempo, ouvimos as vítimas, analisamos o relatório de monitoramento eletrônico e chegamos a essa conclusão que não tinham participação na execução do crime", esclarece a delegada Ana Cristina.

A Delegacia de Roubos e Furtos de Várzea Grande teve papel fundamente nas investigações preliminares junto à DHPP e agora assumirá o caso para apontar os reais autores e integrantes do bando que assassinou o policial militar.





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