Delegacia da Mulher concentra esforços para esclarecer estupros em Rondonópolis
A Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Rondonópolis (212 km ao sul de Cuiabá), da Polícia Judiciária Civil, assumiu as investigações de roubos seguidos de estupro de mulheres, ocorridos no município. As investigações conduzidas pela delegada Lígia Silveira apontam que os crimes foram cometidos por uma pessoa com o mesmo perfil. Os trabalhos estão avançados para identificação e prisão do suspeito.
O caso ganhou grande repercussão em Rondonópolis após ser divulgado nas redes sociais, chamando atenção da população da cidade. A Polícia Civil informa que as informações estão sendo todas checadas e que outras denúncias podem ser encaminhadas à unidade policial, ou no telefone 197.
Onze vítimas de roubos seguidos de estupro já foram ouvidas na Delegacia da Mulher. Sete dos casos foram praticados em ação idêntica. Outros quatro casos têm modos de agir semelhantes e já eram investigados pela Delegacia.
Desde a última semana, a Delegacia vem reunindo os casos de roubo seguidos de estupro, uma vez que algumas das ocorrências estavam com a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf).
“Estamos fazendo o levantamento de quantos casos aconteceram, uma vez que todos os boletins de ocorrência foram registrados pela Polícia Militar e parte deles encaminhados para DERF. Só depois de receber e analisar as ocorrências, saberemos quantos foram cometidos pelo mesmo suspeito”, disse.
Os crimes investigados ocorreram todos no período da tarde. As vítimas relatam que tiveram as casas invadidas pelo criminoso, que aproveitam da fragilidade das residências que não têm muros ou possuem muros baixos. Conforme os relatos, o suspeito fica escondido em matagais, obras, ou terrenos baldios esperando o momento em que as vítimas ficam sozinhas, para entrar na residência. Em todas as ocorrências, ele está armado e anuncia o assalto. Em seguida estupra as vítimas.
Outra característica da forma de agir é que o suspeito, quando invade as casas, está encapuzado, com camisa de manga comprida, calça jeans e bota. Isso dificulta a identificação pela vítima.
Na ação, ele usa a arma para ameaçar as vítimas e roubar objetos de pequeno valor. Não há um perfil definido de mulheres estupradas pelo suspeito, as vítimas tem entre 12 e 58 anos de idade.