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JUSTIÇA
Quinta - 30 de Março de 2017 às 18:55
Por: Redação TA c/ MPF/MT

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Foto: MPF
Crime aconteceu em 1991 na zona rural de Juína devido a disputa de terras. Das cinco vítimas, quatro tiveram os corpos encontrados
Crime aconteceu em 1991 na zona rural de Juína devido a disputa de terras. Das cinco vítimas, quatro tiveram os corpos encontrados

O indígena Ricardo Vieira Cinta Larga, também conhecido como “Poeira”, irá a júri popular na próxima segunda-feira, 3 de abril, sob acusação de ter assassinado cinco pessoas de uma mesma família de trabalhadores rurais em Juína, em fevereiro de 1991. Ricardo foi denunciado juntamente com o também indígena Aristino Siqueira Churapi, que já faleceu. O julgamento terá início às 9h no auditório da sede da Justiça Federal em Mato Grosso, e será presidido pelo juiz federal Paulo Cézar Alves Sodré.

De acordo com a denúncia feita a época pelo Ministério Público Estadual de Mato Grosso, um grupo de índios Cinta Larga teria invadido a Fazenda Damiani localizada no loteamento Duas Barras, no município de Juína. Os corpos de quatro vítimas foram encontrados no caminho da casa onde a família residia. Uma quinta vítima, menor de idade, não teve o corpo encontrado, mas supõe-se que também tenha sido morta.

O crime não teve testemunha ocular, sendo que os corpos foram encontrados já em estado de decomposição. Ricardo Vieira Cinta Larga e Aristinho Siqueira Chupari teriam liderado o grupo.

Como o caso se trata de conflito gerado pela disputa de áreas de reserva indígena, Ministério Público Federal requereu ao juiz da 3ª Vara da Seção Judiciária de Mato Grosso que reconhecesse ser do MPF a competência para julgar o feito e não da Justiça Estadual. Como tanto a Justiça federal como a estadual afirmaram que seriam competentes para o julgamento, o juiz federal suscitou o conflito de competência no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O STJ declarou, então, a competência da Justiça Federal para julgar o caso.

Como testemunhas, o MPF/MT listou como testemunhas Branca Maria Jesus de Carvalho, funcionária da Cemat que conversou com Aristino por rádio, após o crime; Wilmar Damiani proprietário da fazenda onde as vítimas trabalhavam e foi quem achou os corpos; e Amaral Cinta Larga, que conta que Aristino afirmara ter cometido o crime. As testemunhas já foram ouvidas por precatória, e não devem ser reinterrogadas em plenário.

As vítimas foram Laor Campos de Oliveira, Leonora Campos de Oliveira, Vanderleia Campos de Oliveira, Delmiro Campos de Oliveira e Carlos Antônio Leandro, a época menor de idade, e que teve o corpo desaparecido.

O MPF/MT será representado no júri pelo procurador da República Marcellus Barbosa Lima.

SERVIÇO:
Júri popular do indígena Ricardo Vieira Cinta Larga
QUANDO: segunda-feira (3 de abril)
HORÁRIO: 9 horas
ONDE: Auditório da Justiça Federal em Mato Grosso – Avenida Historiador Rubens de Mendonça, 4888, em frente a 13ª Brigada de Infantaria Motorizada do Exército Brasileiro.





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