Qualidade da carne brasileira é reconhecida internacionalmente Com protocolos rígidos e alto investimento em tecnologia, Brasil constrói um dos parques produtivos mais modernos do mundo
Estratégico para o Brasil, o setor pecuário é uma indústria altamente tecnológica e confiável. Da porteira da fazenda para as gôndolas dos supermercados, a carne brasileira é reconhecida mundialmente pela sua qualidade.
Por considerar a importância do setor, o governo federal aumentou a fiscalização, realizou investigações em possíveis focos de problemas e instalou controles ainda mais rígidos do que os usuais em todo o território nacional.
Em todo o Brasil, cerca de cinco mil frigoríficos são auditados com os mais altos padrões internacionais. Além dos fiscais, os parceiros comerciais têm sempre as portas abertas para avaliar as condições e procedimentos cumpridos pelos fornecedores brasileiros. Não é à toa que cerca de 150 países compram a care brasileira.
O presidente da República, Michel Temer, considera que não há risco para os consumidores e que as falhas encontradas foram resolvidas. “O governo federal quer reiterar a sua confiança na qualidade do nosso produto nacional, que ao longo do tempo tem conquistado o consumidor e obtido a aprovação dos mercados mais exigentes do ponto de vista de fiscalização e defesa agropecuária”, afirma.
Pesquisa e tecnologia
Por trás da qualidade do produto brasileiro e de toda essa indústria, existem 100 anos de pesquisa em tecnologia agropecuária. O País não poupa esforços em melhoramento genético, na nutrição dos animais por meio de pastagens selecionados e em suplementação de alta tecnologia.
O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, defende a qualidade da carne brasileira. Ele lembra que o País exporta para centenas de mercados e que alcançar todos esses consumidores exigiu anos de investimentos em segurança e defesa sanitária.
Para garantir uma posição entre os melhores do mundo, o Brasil também aposta em gestão profissional com foco no bem-estar animal e na segurança sanitária. Com isso, ao longo dos últimos 100 anos, construiu uma sólida estrutura de prevenção e controle.
“Os consumidores podem ficar tranquilos porque o nosso sistema é um sistema robusto, é um sistema forte. Ele consegue detectar os problemas que vão surgindo”, explica o ministro da Agricultura, Blairo Maggi.
O selo do Serviço de Inspeção Sanitária (SIF), aplicado em todos os produtos consumidos no Brasil e exportados, tem mais de 100 anos e é considerado pelos brasileiros como um dos símbolos mais confiáveis do País.
Laudos confirmam qualidade
O ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento realizou fiscalizações extraordinárias em 21 plantas de frigoríficos sob suspeita. No levantamento, não foi encontrado nada que colocasse a saúde dos consumidores em risco.
As falhas encontradas eram de caráter econômico, a exemplo de receitas incorretas que levassem a aumento dos lucros. Para essa operação, foram mobilizados 250 servidores, entre auditores fiscais, agentes de inspeção e de atividades agropecuárias.
Falhas representam uma minoria de frigoríficos
O Brasil tem quase cinco mil frigoríficos que, para poder operar, passam por um rigoroso processo de validação e certificação. Desse total, 21 estavam sob suspeita, o equivalente a 0,43% de todo parque produtivo brasileiro.
Entre os servidores públicos que atuam para o Ministério da Agricultura, apenas uma parcela pequena estava envolvida em fraudes. O Brasil tem, atualmente, cerca de 11 mil funcionários para garantir a segurança e a sanidade dos produtos, e apenas 33 deles foram investigados, o equivalente a 0,3% de toda a forma de trabalho do ministério.
Medidas duras contra irregularidades
Depois de falhas identificadas pela Polícia Federal brasileira, o Ministério da Agricultura tomou uma série de medidas para punir os envolvidos e para garantir a qualidade da carne brasileira.
O governo acelerou auditorias em estabelecimentos investigados; reforçou a cooperação entre a Polícia Federal e o Ministério da Agricultura; promoveu uma série de reuniões e contatos com organismos internacionais e parceiros para demonstrar a qualidade e segurança da proteína animal do País. Além disso, os envolvidos com irregularidades foram punidos severamente.
Laboratório moderno para aprimorar segurança
O governo brasileiro inaugurou, em 30 de março, o Laboratório Multiusuário de Biossegurança para a Pecuária (Biopec), o mais moderno laboratório de pesquisa em segurança e qualidade da carne da América Latina.
A estrutura, instalada na Embrapa Gado de Corte, em Campo Grande (MS), é a primeira do País de alto nível de biossegurança para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em bovinos, aves e suínos.
Grandes mercados continuam a comprar carne brasileira
Os maiores mercados para proteína animal, que tinham dúvidas sobre a carne brasileira, foram atendidos com respostas e informações para todos os questionamentos. Com a garantia de que as falhas seriam prontamente investigadas, eles continuaram a negociar normalmente com o Brasil.
Mercados com um severo sistema de defesa sanitária como os dos Estados Unidos, União Europeia, Japão, China, Emirados Árabes Unidos e praticamente todos os parceiros comerciais do Brasil continuam a negociar normalmente com o País.
Ministro da Agricultura vai pessoalmente aos parceiros comerciais
Para reforçar as garantias de qualidade da carne brasileira, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, vai pessoalmente aos países parceiros. Na primeira fase da missão, ele percorrerá Emirados Árabes, Arábia Saudita e Ásia, onde visitará a China. Antes da volta para o Brasil, ele irá à Europa.