Práticas e rotinas pedagógicas são discutidas em Cuiabá Coordenadores pedagógicos das 14 Escolas Plenas de Mato Grosso e professores-formadores dos Cefapros participam do encontro.
A equipe do Núcleo de Educação Integral da Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc), coordenadores pedagógicos de 14 Escolas Plenas de Mato Grosso e professores-formadores do Centro de Formação e Atualização de Professores (Cefapro) discutem nesta quarta e quinta-feira (19 e 20.04) práticas e rotinas pedagógicas nas unidades escolares.
O evento, que ocorre no Hotel Mato Grosso Palace, é conduzido por profissionais do Instituto de Corresponsabilidade pela Educação (ICE), de Pernambuco, parceiro pedagógico da Seduc na implantação das escolas de ensino integral no Estado.
Entre os assuntos debatidos estão: os procedimentos e as rotinas pertinentes à coordenação pedagógica e à coordenação de área; planejamento do cotidiano escolar; apresentação dos instrumentos de acompanhamento escolar; elaboração de instrumentos de observação da sala de aula, registro, acompanhamento e avaliação escolar; alinhamento e as entregas do coordenador pedagógico.
A professora formadora do ICE, Romilda Juliana de Santana, destaca que o objetivo da formação é oferecer um pouco mais de alinhamento para os coordenadores pedagógicos, que serão replicadores em suas unidades, com foco nas superações de metas - não apenas acadêmicas, mas de formação para a vida dos estudantes e competências para o século XXI. “Queremos que esses profissionais saiam daqui conscientes de suas tarefas. Também será uma oportunidade para trocas de experiências entre eles”.
A professora formadora do Cefapro de Rondonópolis, Verondina Ferreira Santana, concorda que a formação contínua é o caminho para que os profissionais aprendam a lidar com os novos desafios, principalmente nas escolas plenas. “Para além do momento formativo, o compartilhamento de experiência será muito grande e produtivo. O grupo pode pensar em novas perspectivas, a partir de um relato. É a troca de saberes, que é muito importante”.
Desafios
De acordo com o coordenador de Ensino Médio da Seduc, Rogério Gomes, as escolas plenas da rede estadual de ensino têm superado as expectativas, já que são muitos os desafios da implantação deste modelo novo de educação. “Inicialmente, tivemos escolas com pouca procura, com baixo índice de matrícula, porém, hoje já superamos boa parte de nossas metas, com acréscimo de 30% no número de alunos. Já temos escolas com 400 estudantes matriculados”, comemora.
Gomes destaca ainda que o modelo de escola em tempo integral foi definido como política pública do Estado - que tem buscado incorporar iniciativas exitosas já desenvolvidas em outros estados.
Para a professora formadora do ICE, Romilda Juliana de Santana, existe um perfil pré-definido para todos os educadores que atuam nas escolas plenas, desde quem abre o portão até o diretor. “As pessoas precisam acreditar no que estão fazendo. É um trabalho árduo, é um dia inteiro de jornada diária. É preciso muito alinhamento da equipe gestora, muita harmonia entre os membros, definição de metas e consulta permanente ao Projeto Político-Pedagógico da escola”.
Além disso, outro ponto fundamental apontado por ela, um dos princípios no modelo de escola plena, é o protagonismo juvenil. “Não adianta os profissionais se reunirem e definirem tudo sem a anuência desses jovens estudantes. Promover o protagonismo não é comunicar decisões aos alunos. É chamá-los para participar das deliberações de todos os assuntos da escola”.
Romilda lembra que o aluno deve ser partícipe, inclusive de sua aprendizagem. “É preciso atrair esses estudantes para que eles também se corresponsabilizem por seu aprendizado”, finaliza.