Para quitar parte da dívida de R$ 1,7 bilhão que está dolarizada, o governador afirmou que tem feito um grande esforço, fazendo reajustes constantes em suas contas
Governo vai pagar parcela da dívida dolarizada nesta quinta-feira
Para quitar parte da dívida de R$ 1,7 bilhão que está dolarizada, o governador afirmou que tem feito um grande esforço, fazendo reajustes constantes em suas contas, mas que precisa contar com uma efetiva colaboração da União, que segundo a Sefaz, não tem feito a sua parte nas transferências dos recursos.
Conforme o secretário de Estado de Fazenda, Paulo Brustolin, uma das preocupações do Estado é manter o rating de Mato Grosso, que é a classificação de risco de investimentos. O gestor conta que na semana passada participou de reuniões com representantes da agência de classificação de riscos Standard & Poor’s. No encontro, foi externada a necessidade do Estado fazer o pagamento da dívida evitando rebaixamento da nota de classificação de risco.
Brustolin ressalta que o rebaixamento da nota de Mato Grosso seria extremamente prejudicial para as tradings que atuam no estado e fazem suas vendas para outros países e necessitam de recursos do exterior para manter suas atividades regulares. “O Estado precisa pagar a dívida, porque isso poderia prejudicar o rating de Mato Grosso, e consequentemente as tradings que atuam aqui. A nossa imagem seria exposta ao mundo caso o Estado não cumprisse o compromisso”, afirmou.
A dívida de Mato Grosso já ultrapassa R$ 7 bilhões, valor referente a empréstimos contraídos com autarquias do Governo Federal, como o BNDES e a Caixa Econômica Federal, para investimentos em obras da Copa do Mundo, além de outras dívidas contraídas pelas gestões anteriores.
Somente no ano passado, o Estado quitou R$ 230 milhões junto à instituição norte-americana, montante 143% maior do que os R$ 94,3 milhões pagos em 2014, pela gestão passada. Os pagamentos para o Bank of America estão programados para até 2022. A próxima parcela de US$ 34 milhões será paga em setembro.
Falta de apoio
Na semana passada, o governador Pedro Taques e o secretário de Estado de Fazenda, Paulo Brustolin estiveram em Brasília, reunidos com o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa. Na oportunidade, cobraram do ministro uma ajuda mais efetiva do governo federal, visto que a União deve a Mato Grosso os recursos provenientes do Auxílio de Fomentos às Exportações (FEX) referentes aos anos de 2015 e 2016, o que daria cerca de R$ 1 bilhão.
“O Governo Federal não está cumprindo seu compromisso de pagar o FEX, o que está atrapalhando de sobremaneira o Governo do Estado”, disse.