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POLÍTICA
Sábado - 29 de Abril de 2017 às 11:31
Por: Redação TA c/ O ESTADÃO

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Foto: André Dusek/ESTADÃO
Antonio Palocci: PT
Antonio Palocci: PT

Caso o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci feche um acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal (MPF) na Operação Lava Jato, ele confirmará que é mesmo o "Italiano" das planilhas da Odebrecht e vai detalhar o destino de mais de R$ 300 milhões recebidos da empreiteira em forma de propina, dos quais R$ 128 milhões são atribuídos a ele. As informações foram publicadas na edição desta semana da revista IstoÉ.

A publicação traz que, de acordo com pelo menos três fontes que participaram das tratativas iniciais para a colaboração premiada, o ex-ministro abrirá detalhes da criação de uma conta-propina destinada a atender demandas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Parte da propina que irrigou essa conta teria sido resultado de um acordo celebrado entre ele e Lula durante a criação da empresa Sete Brasil, no ano de 2010. O ex-presidente teria ficado com 50% da propina, um total de R$ 51 milhões.

Pelo que Palocci afirmou a interlocutores que está disposto a falar, ele atestaria que R$ 13 milhões da conta foram sacados em dinheiro vivo por seu ex-assessor, Branislav Kontic, e entregues para Lula.

A campanha da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) também estará na pretensa delação de Palocci. Segundo a reportagem, ele está empenhado em revelar como foi o processo de obtenção dos R$ 50 milhões da Odebrecht para a campanha de Dilma em 2014 e que a ex-presidente sabia da arrecadação ilícita. Na doação, estariam envolvidos nas negociações Lula e o ex-ministro Guido Mantega, além da ex-presidente.

O ex-ministro pretende mostrar ainda como empresas e instituições financeiras conseguiram uma série de benefícios durante os governos petistas, como redução de impostos, outras isenções fiscais, facilidades junto ao Banco Nacional do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e renegociação de dívidas tributárias.





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