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POLÍTICA
Sexta - 04 de Março de 2016 às 11:15
Por: Da Redação TA c/Assessoria

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Diversos casos de tragédias familiares estão contados na mídia, parte delas envolvendo falhas humanas, nas quais pais, familiares e amigos esquecem crianças no banco de trás de veículos que acabam falecendo em decorrência de asfixia. Preocupado com isso e para proteção geral das famílias, o deputado estadual Wilson Santos apresentou proposta de lei que visa tornar obrigatório, para os veículos novos de quatro rodas vendidos pelas concessionárias no estado, o equipamento com dispositivo, sensor sonoro, capaz de captar a presença de crianças e animais domésticos esquecidos no interior dos veículos quando o condutor se ausentar.

“São casos nos quais, aliado à dor da perda, o responsável ainda responde por crime tipificado no Código Penal Brasileiro. Trata então o projeto de uma alternativa para evitar possíveis esquecimentos por parte dos condutores e diminuir o número de acidentes que a cada dia cresce de maneira avassaladora”, justificou o autor da proposta, lembrando que vivemos em um mundo globalizado, onde a tecnologia faz parte do desenvolvimento histórico, social e cultural de um país, capaz de contribuir para uma melhor condição da vida humana, o que torna o projeto de grande importância.

O projeto tramita no parlamento desde fevereiro de 2016 e, se aprovado e sancionado, a lei entrará em vigor na data de sua publicação.  “Essa medida visa diminuir o número de crianças esquecidas no interior dos veículos, algo que vem crescendo assustadoramente. A vida estressante dos grandes centros urbanos, aliada à correria do dia a dia, contribui para essa triste estatística”, lembrou.

Santos citou um caso ocorrido em junho de 2013, quando uma professora esqueceu uma criança de 3 anos no interior do seu veículo. A menina veio a óbito após permanecer mais de quatro horas trancada no interior do veículo, não resistindo, em decorrência do superaquecimento do sol da tarde. O caso foi registrado em um pátio de escola, na cidade de Lucas do Rio Verde. De acordo com a Polícia Civil, a criança foi levada para o colégio por uma professora que é amiga da família, no entanto, teria sido esquecida pela mulher no veículo. A mãe da menina também é professora na mesma escola. O trabalho de levar a menina era revezado pela mãe, pela professora e por outros familiares.

Por volta de 13h, a professora levou a menina, o filho dela de 8 anos e mais outra criança para o local. Somente no final da tarde a professora teria percebido que tinha esquecido a menina dentro do carro. A própria professora abriu o veículo e retirou a criança, que estava acomodada na cadeirinha de segurança.

Outro caso citado por Wilson e que deixou  todos os mato-grossenses tristes, foi o do filho de 2 anos do delegado Geraldo Gezoni Filho, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que faleceu na tarde de terça-feira, 26 de janeiro de 2016, depois de ter sido esquecido pelo pai dentro do carro, em Cuiabá. O menino, filho único, deveria ter sido levado para uma escolinha no início da tarde, mas Gezoni acabou indo direto para o trabalho. O pai só percebeu o que havia acontecido no final da tarde. O menino, que se chamava Frederico, chegou a ser socorrido em uma unidade de pronto atendimento particular da capital, mas não resistiu.





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