Destituídos decidem se manter no PSB
Os parlamentares destituídos da diretoria do Partido Socialista Brasileiro (PSB) em Mato Grosso decidiram se manter na sigla até que o assunto seja resolvido pela direção nacional. A decisão foi tomada durante reunião entre os membros do partido, na tarde desta segunda-feira (8).
Eles deixaram os cargos na diretoria estadual após o presidente regional, deputado federal Fábio Garcia, ter votado a favor da proposta de reforma trabalhista do presidente Michel Temer (PMDB). O voto foi contrário à orientação nacional da sigla.
Participaram do encontro o próprio Fabio Garcia, o deputado federal Adilton Sachetti e os deputados estaduais Mauro Savi, Adriano Silva, Eduardo Botelho, além do secretário de Assistência Social, Max Russi.
Ficou definido que não haverá “debandada” do PSB até que o assunto seja resolvido pela executiva nacional. Uma reunião com o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, deverá ser realizada na tentativa de se manter os cargos da diretoria regional e de se discutir questões politicas.
No entanto, caso haja definição de saída do partido, a retirada será realizada em conjunto. Algumas legendas como o PSDB, o PSD e o PP já abriram as portas para descontentes do PSB.
Destituição - Tão logo o deputado Fábio Garcia perdeu a presidência, a cúpula do PSB em Mato Grosso saiu em defesa dele. Uma nota, assinada pelos seis atuais deputados estaduais e o ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, afirmava que a destituição é “lamentável” e atitude “típica dos tempos sombrios vividos algumas décadas no Brasil”, em alusão à época da Ditadura Militar.
A nota destacou ainda o apoio “integral” à decisão de Fábio e reforça a importância da reforma trabalhista para o país. Além de Fábio, outros três deputados federais do PSB, Maria Helena (RO), Daniel Forte (CE) e Tereza Cristina (MS), foram favoráveis à reforma trabalhista. Eles também foram obrigados a deixar a direção do PSB em seus estados.