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MEIO AMBIENTE
Quarta - 24 de Maio de 2017 às 17:14
Por: Redação TA c/ Secom-Cba

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Foto: Tchélo Figueiredo

A Lagoa do Parque das Águas não apresenta riscos aos peixes e atende também aos padrões estipulados pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). A constatação foi feita mediante um laudo, realizado pelo laboratório Hidro Análise, entre os dias 13 e 19 de maio. O diagnóstico foi realizado em períodos distintos para constatar a média do PH da água, bem como a existência equilibrada de outros compostos químicos.

“A lagoa está dentro da normalidade e não oferece perigos à vida animal existente no local. Com seu PH entre 7,85 em 8,57, a sobrevivência dos peixes está completamente garantida. É importante salientar que a mortandade ocorre quando o nível de oxigenação está abaixo de cinco. Como esta variante não corresponde ao caso em questão, ratificamos que o local está em estado seguro, com a qualidade necessária para manter o equilíbrio das espécies que usufruem desta água”, afirmou José Roberto Stopa, secretário municipal de Serviços Urbanos.

Quanto à quantidade significativa de mortes de peixes, a Secretaria pontua que várias circunstâncias poderiam ocasionar a fatalidade. Segundo o gestor da pasta, aspectos como choques térmicos ou até mesmo resíduos químicos oriundos do despejo ilegal dos órgãos estaduais e federais poderiam ter interrompido o ciclo da espécie. Além disso, causas naturais como o fim dos períodos de vida de alguns dos cardumes também poderiam ser os responsáveis.

“A mortandade dos peixes aconteceu – coincidentemente – no mesmo dia em que houve uma forte chuva atemporal na cidade. Estávamos já iniciando o período das secas e repentinamente sofremos uma mudança climática brusca. Pode ser que um choque térmico abrupto tenha resultado nas mortes simultâneas, o que seria considerado um comportamento natural – considerando que se trata de um fator da própria natureza. Outra possibilidade seria a existência de compostos químicos abrasivos na tubulação de esgoto do Estado e do governo federal, que ilegalmente usam a lagoa como despejo de coliformes. É crucial também evidenciar que os ciclos de vida dos peixes pertencentes a um mesmo cardume costumam se encerrar em épocas semelhantes, uma vez que em geral eles pertencem a mesma família. Esse processo natural da vida animal poderia ser uma causa. No entanto, independente da circunstância, já estamos monitorando a lagoa, para certificar que problemas desse porte não se repitam”, concluiu Stopa.

Denúncia ao Ministério Público

Para coibir o despejo ilegal da rede de esgoto dos órgãos estaduais e federais na lagoa do Parque das Águas, a Prefeitura de Cuiabá formalizou uma denúncia junto à 17ª Promotoria de Justiça do Meio Ambiente Urbanístico, solicitando a resolução da questão de forma permanente.





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