Polícia procura homem acusado de dopar e estuprar menina em hotel
A Polícia Civil está à procura de Sidnei Soares da Silva, 42, acusado de ter dopado e depois estuprado uma menina de 12 anos moradora de Poconé (104 Km ao sul de Cuiabá). O crime foi praticado num hotel em Várzea Grande na última sexta-feira (2), local onde o acusado levou a vítima, de família bem humilde, com promessas de que a levaria para passeios em shoppings e depois compraria presentes para ela.
Exames médicos confirmaram que o estupro foi consumado, ou seja, que o suspeito manteve relações sexuais com a garota quando ela estava desacordada. A vítima está internada no Hospital Julio Müller, em Cuiabá. Ela já foi ouvida pela Polícia Civil de Poconé e disse que só lembra de ter tomado um suco que Sidnei ofereceu a ela. O que aconteceu depois a garota diz não se lembrar de nada.
“O crime foi bárbaro. A menina estava bem machucada, totalmente dopada”, resume a investigadora Walkiria Filipaldi Corrêa, que além de ter conversado com a vítima, também esteve no quarto de hotel onde o crime foi praticado, na Avenida Governador Júlio Campos, no bairro Mapim, região periférica de Várzea Grande.
Ela constatou que o quarto estava bastante sujo, inclusive com vestígios de vômitos da garota que passou mal após ser dopada e abusada. A investigadora também confirmou ao Gazeta Digital que vítima e suspeito já vinham mantendo contato há um certo tempo.
Eles conversavam através do WhatsApp, aplicativo de celular, que provavelmente foi utilizado para combinar detalhes do “passeio” prometido pelo acusado para a menina que mora com o avô em Poconé. A investigadora já teve acesso ao celular da menina e leu todas as conversas mantidas por ela com o suspeito. O Gazeta Digital teve acesso aos diálogos entre o acusado e a vítima. As trocas de mensagens mostram Sidnei perguntando o paradeiro da garota, o que ela fazia, mensagens de bom dia, boa noite.
Em um dos diálogos, ele diz a ela que está trabalhando e depois envia um emoji (simbolos do WhatsApp que substituem palavras) de uma rosa. Ela corresponde, e inclusive, envia emojiscom corações. Pelos diálogos, fica claro que ele não era morador de Poconé, pois diz em uma das mensagens que vai comprar a passagem para ir, no fim de semana, até a cidade onde a garota mora. Ele confirmou que chegaria na sexta-feira. Ela então passa o endereço da residência.
O Ministério Público Estadual (MPE), por meio da promotoria de Poconé já representou pela prisão preventiva do acusado. A Polícia Civil acredita que a ordem de prisão contra ele deve ser emitida ainda na noite deste domingo.
“Precisamos do apoio e divulgação da imprensa porque o Sidnei é de Congoninhas, no Paraná e não tem paradeiro fixo, já andou por vários hotéis aqui de Mato Grosso. Já estivemos em 2 hotéis onde ele se hospedou, mas não conseguimos localizá-lo”, explica a policial Walquíria que está a frente das diligências juntamente com o colega também investigador de Poconé, Daniel de Andrade Panham, para localizarem o acusado.
A investigadora relatou ainda que na sexta-feira, antes do crime, o acusado levou a vítima para um passeio num shopping e depois foram para um hotel em Várzea Grande. A menina disse que só se lembra de ter tomado o suco que Sidnei preparou. "Após ingerir o suco, ela ficou desacordada e relata não se lembrar de nada que aconteceu, do abuso sexual, que ocorreu enquanto estava desacordada”, detalha a policial.
Conforme a investigadora, após acordar por volta das 21h a menina passou a vomitar e não conseguia ficar em pé. O acusado então a colocou em um táxi que levou a garota de volta para Poconé onde foi deixada na calçada, em frente à casa do avô.
Assim que a vítima foi encontrada pela irmã, a Polícia Militar de Poconé foi acionada. Depois, levaram a menina para o pronto-atendimento da Cidade , onde um médico plantonista constatou os abusos sexual. Na sequência, ela foi encaminhada para Cuiabá onde está internada no Hospital Júlio Müller.
Conforme a investigadora, também existe um inquérito policial na cidade de Aripuanã (1.002 Km a noroeste de Cuiabá) onde Sidnei é investigado. Ela ainda não sabe dizer qual é o crime apurado nesse inquérito uma vez que não conseguiu fazer contato com investigadores de Aripuanã neste domingo. Dessa forma, a Polícia Civil pede a colaboração de qualquer pessoa que souber do paradeiro de Sidnei. Denúncias podem ser feitas pelo telefone 197 ou 65 3345-1456 (Delegacia de Poconé)