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POLÍTICA
Segunda - 12 de Junho de 2017 às 08:59
Por: Redação TA c/ O ESTADÃO

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Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO
Michel Temer e Rodrigo Maia
Michel Temer e Rodrigo Maia

Em jantar de aniversário do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente Michel Temer disse a políticos presentes que sua absolvição no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi uma "bela vitória" e que está confiante de que terá os 172 votos mínimos necessários na Câmara para barrar eventual denúncia contra ele apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

A festa ocorreu na noite dessa sexta-feira, 9, na mansão do deputado Alexandre Baldy (GO), no Lago Sul, área nobre de Brasília. Líder do Podemos (antigo PTN) na Câmara, Baldy é um dos parlamentares mais próximos de Maia. Ele deve ser escolhido relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no Congresso que vai apurar supostas irregularidades em operações no mercado financeiro da JBS, empresa cujos donos incriminaram Temer em delação premiada.

A comemoração promovida por Maia teve tom "pessoal", de acordo com os presentes. Poucos foram os deputados convidados, entre eles, o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e Fernando Monteiro (PP-PE). Os ministros Antônio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), padrasto da esposa do presidente da Câmara, também compareceram. Até mesmo políticos da oposição passaram pelo local.

Temer chegou à festa pouco depois das 23 horas. Estava acompanhado da primeira-dama, Marcela Temer. Antes de chegar, ministros pediram aos demais políticos que evitassem tocar no assunto do TSE. Não queriam passar a imagem de que o presidente estava "comemorando" o resultado do TSE, que, em julgamento concluído na noite de sexta-feira, absolveu a chapa Dilma-Temer por 4 votos a 3.

Na festa, Temer e Marcela ficaram seprados. A primeira-dama ficou sentada com esposas dos outros políticos, enquanto o presidente circulou pelas rodas de parlamentares e ministros Nas conversas, políticos dizem que Temer foi muito cuidadoso ao falar do TSE e da PGR. O presidente também conversou com o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), que já se posicionou contra o desembarque dos tucanos do governo.

O presidente chegou a conversar até mesmo com opositores presentes. Falaram sobre "amenidades", como a expectativa para o clássico São Paulo e Corinthians na tarde deste domingo, 11, pela Série A do Campeonato Brasileiro. Temer é são-paulino. O presidente deixou o local pouco depois da meia noite. A "senha" usada para justificar a saída foi a de que Marcela precisava "descansar", segundo os presentes. Na saída, disse, em rápida entrevista, que vai "continuar pacificando o País".

A festa, porém, continuou, regada a vinho, uísque e música ao vivo. No jantar, foi servido risoto e filé. Segundo deputados, a comemoração de Maia se estenderá pelo fim de semana. O presidente da Câmara deve promover almoço neste sábado, 10, para político. O aniversário, de fato, só será na segunda-feira, 12, mesmo dia em que o PSDB se reúne para decidir se desembarca ou não do governo Temer.





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