Julho: Cuiabá terá 20 sessões de Tribunal do Júri
O mês de julho terá 20 sessões do Tribunal do Júri na comarca de Cuiabá. Os julgamentos serão presididos pela juíza Monica Catarina Perri Siqueira, titular da 1ª Vara Criminal da capital. Vinte e seis réus, sendo nove presos, serão julgados por crimes dolosos contra a vida, a partir da próxima semana. Nessa modalidade de julgamento, cabe aos jurados sorteados para compor o conselho de sentença declarar se o crime ocorreu e se o réu é culpado ou inocente. Assim, a magistrada decide conforme a vontade popular e, em caso de condenação, lê a sentença e fixa a pena.
Na segunda-feira (3 de julho), os réus Cleibson Wesley de Souza e Rene Nonato de Arruda irão a júri pelo homicídio de Lúcio Flávio Rondon Rocha, em maio de 2005, no bairro Jardim Araçá. Conforme o processo, o crime ocorreu no interior da ‘Oficina do Helinho’, enquanto a vítima trocava o óleo de sua motocicleta. Os acusados se aproximaram do local em uma moto pilotada por Rene. Cleibson desceu, deu um tiro na cabeça e cinco no peito de Lúcio, subiu novamente na garupa da moto e fugiu em seguida.
No dia 18 de julho, Lucas da Silva Pereira, o ‘Peruca’, será julgado pela morte de Gilson Rodrigues Damasceno, o ‘Chico Galo’. O crime aconteceu em março de 2015, próximo à região conhecida como Cracolândia, no bairro Consil. Segundo o inquérito policial, “com a intenção de matar, agindo por motivo torpe e utilizando-se de recurso que dificultou a defesa”, o denunciado assassinou a vítima a pedradas. Gilson era morador de rua e usuário de drogas, enquanto Lucas era traficante na região. No dia do crime, eles teriam se desentendido e por isso o acusado teria desferido vários golpes contra a vítima, causando-lhe a morte por traumatismo craniano.
Maria do Socorro Rodrigues da Cruz Silva será julgada no dia 21 de julho pelo homicídio da filha Eduarda da Cruz Silva, de um ano e seis meses, ocorrido em março de 2000. De acordo com a denúncia do Ministério Público, a acusada matou a criança com emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da ofendida. Maria do Socorro foi julgada por esse crime e absolvida pelo Tribunal do Júri em fevereiro de 2015. O conselho de sentença reconheceu a materialidade do delito, contudo, não reconheceu que a ré efetuou golpe de instrumento contundente na vítima, causando-lhe a morte. O Ministério Público recorreu da decisão e os autos foram encaminhados ao Tribunal de Justiça, que anulou o julgamento.
E no dia 26 de julho será o julgamento dos réus presos Fábio Vinícius Rodrigues Brito Viana e Fagner Moraes dos Santos, pelo homicídio de Marcides Ferreira Campos em dezembro de 2015, no bairro Praeirinho. Ele foi atingido por oito projéteis de arma de fogo, em diversas regiões do corpo, sendo três deles na cabeça. Conforme a investigação, o crime teria sido cometido “por motivo egoístico, por sentimento de possessividade” que o denunciado Fábio Vinícius tinha sobre a convivente Karolyne Machado da Silva, ex-namorada de Marcides. Assim, os acusados responderão por homicídio duplamente qualificado – motivo fútil e utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima.
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