Escola de Governo realiza pós-graduação de combate a incêndios florestais
A aula inaugural foi realizada no Salão Nobre Cloves Vettorato, no Palácio Paiaguás. Conforme o superintendente da Escola de Governo, Fernando Rondon, aproximadamente 80% dos docentes são servidores.
A primeira turma conta com 50 vagas, sendo que metade foi oferecida para oficiais do Corpo de Bombeiros e o restante foi dividido entre pessoas de outros órgãos ambientais, prefeituras e iniciativa privada. A pós-graduação terá 420 horas de duração.
O superintendente explicou que o curso é uma contrapartida do Estado em relação a projetos aprovados pelo Fundo Amazônia, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e que a Escola de Governo se estruturou para poder ministrar curso. “A Escola de Governo passou por um processo de certificação e sair de uma secretaria escolar para uma secretaria acadêmica, hoje, o nosso certificado pode ser utilizado em qualquer instituição do país, púbica ou privada”.
A primeira aula foi ministrada pelo PHD pela Universidade da Califórnia na área florestal, Ronaldo Viana Soares. Ele fez uma apresentação sobre os incêndios florestais no Brasil e o que pode ser realizado no combate.
Segundo Soares, há mais de 15 anos o Estado está entre os três com mais incêndios florestais no Brasil e muitas vezes apenas por falta de conhecimento. “As queimadas são necessárias, muitas vezes, mas elas podem ser feitas de maneiras que não se transformem em incêndio. É importante saber as técnicas de controle do fogo para se fazer com segurança, em áreas pequenas, passo a passo e com os devidos cuidados. A queimada em si, nem sempre vira um incêndio florestal, ela só vira um quando há um descuido”, afirmou o pós-doutor.
Apesar disso, Soares disse que a principal causa dos incêndios florestais são as práticas criminosas, sendo que as queimadas para limpeza ficam apenas com o segundo lugar. Em seguida vem os acidentes e outros casos mais raros.
O comandante geral do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso, o coronel Júlio Cesar Rodrigues, comemorou a pós-graduação. “O problema dos incêndios florestais é visível, a sociedade sente isso no seu dia-a-dia. O Corpo de Bombeiros tem a missão e a visão institucional de fazer frente a este problema. Uma da estratégias adotadas foi fazer um convênio com o Fundo Amazônia, captar recursos e fazer um especialização de gestão, controle e combate”.
Para o comandante o curso terá um papel fundamental na formação da população que poderá auxiliar no combate aos incêndios florestais. “Nós acreditamos que vamos formar uma massa crítica de pessoas capazes de nos auxiliar a produzir e elaborar políticas e estratégias para melhorar a nossa atuação contra este problema que enfrentamos todos os anos”, afirmou o comandante.
A aula inaugural contou com a presença do secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, do secretário do Gabinete de Articulação e Desenvolvimento Regional, Eduardo Moura, e da secretária-adjunta de Meio Ambiente, Elaine Corsini.